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Exclusão do Porto nas novas rotas da TAP é “o preço a pagar” pelo plano de reestruturação

O Presidente da República considera que a a TAP “foi muito afetada” pela quebra do turismo e que “isso coincidiu com um processo de reestruturação que tem um preço”.
Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República handout via Lusa
15 Setembro 2020, 20h01

Marcelo Rebelo de Sousa considera que a exclusão do Porto no programa de novas rotas anunciado pela TAP, esta segunda-feira, é “o preço a pagar” pelo plano de reestruturação da companhia aérea agora em curso.

Questionado sobre se o Governo devia ter assumido uma posição mais determinante quanto a esta decisão que pode ser prejudicial para o turismo no Norte do país, o Presidente da República afirma que a “operadora aérea foi muito afetada” e que “isso coincidiu com um processo de reestruturação que tem um preço”.

“Esse preço sendo global tem preços específicios”, afirmou aos jornalistas, esta terça-feira, no Porto. “Eu espero que se ultrapasse essa fase porque faz muita falta” que quer a TAP quer outras companhias aéreas “possam cumprir uma missão que é essencial para o turismo de Portugal e do Porto”.

Em causa está o anuncio de que a TAP vai inaugurar seis novas rotas a partir de outubro, sendo que apenas uma delas partirá do Porto. Segundo o “Jornal de Notícias” o plano de retoma de atividade da TAP vai assentar no aeroporto de Lisboa. A companhia aérea vai repor vários voos para a Europa, África, Brasil e Estados Unidos já em outubro, tudo com partida do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, deixando, uma vez mais, o Porto – que terá apenas uma nova rota, com início em dezembro, para a ilha do Sal, em Cabo Verde – fora do plano de recuperação da companhia.

No site da empresa pode ler-se que em outubro vão ser retomadas diversas ligações, nomeadamente para Bilbau, Oslo, Chicago, Porto Alegre, Natal e Maputo, mas tudo a partir de Lisboa, e que vai ser aumentado o número de voos de Lisboa para Paris, Londres, Rio de Janeiro ou São Paulo.

Apesar de tudo, a TAP garante que não anunciou ainda o total da sua operação para o verão 2021. “A companhia tem vindo a repor gradualmente a sua operação, mas a recuperação é lenta, tal como as projeções da IATA apontam. Para o próximo ano, a previsão mais pessimista da IATA indica uma atividade inferior até 60% face à do ano de 2019”, adianta a nota.

Sobre o turismo, Marcelo Rebelo de Sousa considera que Portugal foi exemplo na resitência à quebra do turismo numa altura em que o país atravessa uma pandemia provocada pela Covid-19.

Falando aos jornalistas, esta terça-feira, no Porto, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que se assistiu a “uma retoma lenta e difícil em agosto” no setor do turismo e que agora a “luta” vai continuar durante o mês de setembro, período em que se começa a verificar uma recuperação “lenta” e “com muita dificuldade”.

“Fomos em busca de mercados diferentes, e os portugueses foram exececionais”, enalteceu. “O tursimo nacional ultrapassou-se, algo que não era possível em plena pandemia”.

Apesar das dificuldades que Portugal atravessa numa altura em que se assiste a uma quebra do PIB derivada, em parte, da quebra do turismo, Marcelo mantém o otimismo, dizendo que “quem resisitu, como nós resistismos, aos tempos mais dificeis do tursimo vais resistir agora”.

 

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