A nova estrutura organizacional da CP – Comboios de Portugal vai ter 124 cargos de direção e de chefia, segundo uma deliberação do conselho de administração da transportadora ferroviária nacional, a que o Jornal Económico (JE) teve acesso.
Na sequência de uma reunião do conselho de administração, presidido por Nuno Freitas, ocorrida no passado dia 17 de janeiro, foi definida uma nova estrutura orgânica da CP, incluindo a estrutura das unidades orgânicas de primeiro e segundo nível, além de ter procedido à nomeação dos responsáveis desses dois níveis da empresa.
A deliberação da equipa chefiada por Nuno Freitas teve efeitos imediatos a partir de sábado (1 de fevereiro).
“O conselho de administração deliberou extinguir a estrutura organizacional da empresa e exonerar os respetivos titulares de cargos de direção e de chefia”, além de “aprovar a nova estrutura orgânica de 1º nível da CP (…), que sucede às anteriores estruturas da CP e da ex-EMEF”, adianta o documento a que o JE teve acesso.
Para responsáveis de primeiro nível, e respetivos adjuntos, foram criados 40 cargos, alguns deles exercidos em regime de acumulação. Para estes cargos, foram designado 22 homens e 18 mulheres.
Os novos titulares deste cargos de diretor e de chefia foram nomeados em regime de de comissão de serviço e isenção de horário de trabalho.
A administração da CP aprovou também a missão e as principais atribuições das unidades orgânicas e não orgânicas do 1º nível da nova estrutura organizativa da CP.
Segundo este documento, “tendo em vista a participação dos responsáveis das unidades orgânicas de 1º nível ora nomeados no processo de definição da respetiva organização interna, devem os mesmo, em estreita articulação com o membro do conselho de administração do respetivo pelouro, apresentar as suas propostas da organização interna, principais atividades e quadro de efetivos dos respetivos órgãos”.
A administração da CP apontava a data de 24 de janeiro passado como o limite para apresentação dessas propostas.
A equipa liderada por Nuno Freitas criou também, 84 novos cargos para responsáveis de segundo nível na empresas, 55 homens e 29 mulheres para esses cargos, alguns deles em regime de acumulação.
As razões desta nova estrutura organizativa da CP prendem-se, segundo a administração liderada por Nuno Freitas, com “as linhas de orientação estratégica para a revitalização do serviço de transporte ferroviário de passageiros, pilares do plano estratégico da empresa”.
Para avançar com esta decisão, a atual administração da CP teve também em conta “os objetivos estratégicos da empresa, visando a normalização e reforço da qualidade do serviço de transporte ferroviário prestado, sustentável social e economicamente, com um modelo de negócio e de gestão integrado – atividade de transporte e atividade de manutenção e reparação de material circulante”.
“A necessidade de dotar a CP E. P. E [Entidade Pública Empresarial] de uma estrutura organizacional ajustada à nova realidade decorrente da fusão por incorporação da EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S. A, ocorrida no passado dia 1 de janeiro”, é outra das razões apontadas pela administração da CP para avançar com esta nova estrutura organizacional da empresa.
A administração da CP justifica ainda esta decisão com o facto de, “no quadro do modelo empresarial do grupo, a nova estrutura organizacional da CP deve garantir uma adequada e eficiente resposta às sua obrigações, nomeadamente as decorrentes da celebração do contrato de serviço público, agilizar os processos de decisão e incrementar a produtividade, com um,a adequada afetação e valorização das suas pessoas, tornando a organização mais ágil, eficaz e competitiva”.
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