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Expatriados e portugueses procuram chalés nos Alpes

Dados da consultora imobiliária de luxo Athena Advisers, revelam que, em 2024, a procura por casas naquela região subiu 40% face a 2023 entre a população residente em Portugal. Portugal é cada vez mais “um ator central no panorama de investimento europeu”, explica diretor-geral.
31 Janeiro 2025, 07h44

Há cada vez mais expatriados e portugueses ricos a procurar imóveis nos Alpes franceses. Segundo os dados da consultora imobiliária de luxo Athena Advisers, em 2024 a procura por casas naquela região subiu 40% face a 2023 entre a população residente em Portugal, designadamente britânicos (um salto de 74% face a 2023), norte-americanos (mais 52%), franceses (mais 38%) e portugueses (mais 36%), sendo que com 40% surge englobado um conjunto de nacionalidades tais como alemães, suíços e neerlandeses.

No último ano, a consultora registou um volume de vendas superior a 140 milhões de euros nos Alpes franceses, o que significou um crescimento de 110% em comparação com 2023. Este aumento fez-se sentir também no volume de transações que subiu 30%, impulsionado por um aumento no valor médio das propriedades, refletindo uma maior procura por chalés e apartamentos de luxo na região.

David Moura-George, diretor-geral da Athena Advisers Portugal, considera que “a crescente prosperidade de Lisboa está a redefinir o mapa do investimento imobiliário na Europa. Esta tendência reflete, por um lado, a aspiração a um determinado estilo de vida e, por outro, um planeamento financeiro estratégico, reforçando o papel de Portugal como um ator central no panorama de investimento europeu”.

Um cenário que tem sido incentivado pelo chegada de imigração norte-americana para a Europa, cuja afluência registou um aumento de 239% entre 2017 e 2022, resultando numa população de aproximadamente 10 mil residentes, de acordo com dados da Global Citizen Solutions.

Segundo o Ministério do Turismo francês, o turismo de inverno gera aproximadamente 180 mil milhões de euros por ano e apenas em França esta indústria foi avaliada em 71 mil milhões de euros em 2024. “Um passe de esqui diário nas principais estâncias norte-americanas pode custar mais de 300 dólares, enquanto em França, mesmo nas principais estâncias, um passe diário raramente excede os 70 euros“, sublinha o diretor-geral da consultora.

Não é por isso de estranhar que os preços dos imóveis nas regiões alpinas, seja em França ultra passem, com frequência, os 40 mil euros/m2. O preço médio por unidade subiu dos cerca de 2,2 milhões de euros em 2023 para os 3,6 milhões de euros em 2024, com a Athena Advisers a ter atualmente em venda propriedades no Alpes franceses com preços que vão desde os 500 mil euros até acima de 30 milhões de euros.

“Cada estância é um micromercado, onde os preços podem variar muito de rua para rua. Já ajudámos pessoas a investir até 60 milhões de euros num chalé em Val d’Isère e este nível de preços é bastante comum em toda a região dos alpes franceses. Contudo, existe também muito valor e um forte potencial de investi mento noutras estâncias, onde os preços de imóveis novos e bem localizados em vilas muito conceituadas podem começar em cerca de 7.000 euros por metro quadrado”, explica David Moura–George.

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