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Exploração de recursos naturais espaciais pode gerar mil milhões de euros e reduzir a poluição

Os recursos naturais espaciais como a água e alguns minerais podem ser utilizados como combustíveis ou componentes nas infraestruturas espaciais, e reduzir igualmente o custo das missões. O estudo foi solicitado pela Agência Espacial de Luxemburgo e Portugal é um dos aliados.
20 Dezembro 2018, 13h30

Os recursos naturais espaciais como a água e alguns minerais pode ser utilizados como combustível ou componente das infraestruturas espaciais e reduzir igualmente o custo das missões. Na Terra, os elementos podem ser utilizados para a indústria automobilística, medicina, ou componentes elétricos, mas com menos lucros do que o seu uso no Espaço, aponta o estudo realizado pela consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) e solicitado pela Agência Espacial de Luxemburgo (LSA).

“Um desenvolvimento desse dimensão poderá acontecer, a única incerteza é quando”, considera Mathias Link, diretor de Relações Internacionais na (LSA). A utilização de recursos naturais espaciais permite, também, reduzir a dependência dos recursos terrestres, que são limitados.

O estudo baseia-se nas agendas das missões espaciais institucionais e privadas previstas até 2045, como o projeto de um possível regresso do Homem à Lua e das explorações em Marte, e sem esquecer do desenvolvimento do turismo espacial.

O documento estima que o desenvolvimento do uso desses recursos poderia gerar entre 845 mil e 1,8 milhão de funcionário a trabalhar em full time até 2045.

Luxemburgo lançou em 2016 o SpaceResources.lu, um programa ambicioso que pretende fomentar atividades económicas no âmbito do Espaço e, mais concretamente, da exploração de recursos naturais no espaço.

O país assinou igualmente uma série de alianças no campo espacial com os Emirados Árabes Unidos, Japão, China, Polónia, Portugal e República Checa. “Estão a negociar outros acordos”, indicou esta semana o ministro luxemburguês da Economia, Etienne Schneider.

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