Há cerca de 4 anos, ainda antes de toda a polémica conhecida em relação ao excedente de plástico que invade o nosso planeta, a Vicoustic tomou como estratégia eliminar o uso de poliuretano e substituí-lo por polietileno reciclado de lixo. Depois de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, a Vicoustic apresenta na Batimat 2017 em Paris o resultado do seu trabalho que se tornou sucesso imediato, realça o CEO César Carapinha.
As características que os clientes relevam nos produtos da empresa são a “inovação, aliada ao design. Criamos produtos que são esteticamente agradáveis, com a benesse de ser um produto técnico de alta performance”. Por outro lado a empresa tem laboratórios próprios e tecnologia proprietária. Diz o gestor: “A Vicoustic é proprietária de um dos mais avançados laboratórios de acústica do mundo, temos uma equipa própria de pesquisa e desenvolvimento e investimos em registos de patentes e marcas. Aliás o nosso slogan revela muito claramente que a Vicoustic assenta sobre o pilar da inovação – “Vicoustic – Innovative Acoustic Solutions”.
Sobre o tipo de materiais a reciclar, estes passam “essencialmente pelo polietileno. Cerca de 95% da nossa faturação assenta sobre produtos com componentes reciclados a mais de 65%, e recicláveis a 100%. O mais conhecido, o Flat Panel VMT que simula materiais rígidos como o cimento ou mármore, com a vantagem da absorção acústica e isolamento térmico”. Com presença em dezenas de mercados a visão global significa na ótica do gestor de ser uma companhia “capaz de atuar no mercado como um todo. No caso da Vicoustic, as políticas de comercialização e distribuição são comuns a todos os países e exportamos 99,9% da nossa produção”. Questionado sobre se faria sentido passar de uma empresa exportadora para a internacionalização com a deslocação de unidades produtivas para junto dos grandes mercados consumidores”, é perentório ao afirmar que “cada caso é um caso. Para algumas indústrias sim, faz sentido, no nosso caso e por uma questão estratégica, decidimos privilegiar a qualidade e consistência do produto. Ao fabricar no nosso próprio espaço, temos mais controlo sobre o produto final, e promovemos o Made in Portugal”.
O gestor rejeita qualquer impacto negativo perante uma economia europeia, com destaque para uma economia alemã mais débil. Diz que uma economia europeia a crescer não terá qualquer relevância nas opções de investimento. “ Aliás, temos previsto a edificação de uma nova fábrica a inaugurar em 2021 em Paços de Ferreira”.
E sobre o futuro imediato, o gestor adianta que para 2019 a Vicoustic irá passar a barreira dos nove milhões de euros de faturação. Acrescenta: “A Ásia e os EUA são os nossos maiores mercados, e focámos o nosso investimento para 2020 nos mercados dos Emiratos Árabes Unidos, China e Índia. Estamos a cumprir as nossas projeções de investimento e expansão de forma a chegar aos 25 milhões de euros de vendas em 2023.”
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