[weglot_switcher]

Exportações chinesas de produtos de terras raras atingem máximo desde 2012

Segundo cálculos da agência de notícias financeiras Bloomberg, com base em dados das alfândegas chinesas, os envios ao exterior ascenderam a cerca de 7,34 toneladas no mês passado, o valor mais elevado da série histórica.
China
1 – China
18 Setembro 2025, 07h57

As exportações chinesas de produtos de terras raras atingiram em agosto o maior volume desde que há registos, em 2012, após meses de tensão provocada pelas restrições impostas por Pequim à venda externa destes minerais estratégicos.

Segundo cálculos da agência de notícias financeiras Bloomberg, com base em dados das alfândegas chinesas, os envios ao exterior ascenderam a cerca de 7,34 toneladas no mês passado, o valor mais elevado da série histórica.

Entre os produtos contam-se ímanes de alto desempenho usados em bens de consumo e em aviões de combate.

Os números surgem na mesma semana em que Pequim e Washington realizaram em Madrid uma nova ronda de negociações comerciais, antecedendo a aguardada conversa telefónica entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping.

Desde 02 de abril, no quadro da escalada tarifária com os EUA, Pequim passou a exigir licenças de exportação para sete dos 17 minerais do grupo das terras raras – samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio – e respetivos ímanes, alegando razões de segurança nacional.

A medida levou a uma queda acentuada das exportações, que só recuperaram após o acordo alcançado em junho, durante uma ronda negocial em Londres, no qual a China se comprometeu a agilizar a emissão de licenças.

Apesar da retoma, estes materiais – também essenciais para indústrias como a aeronáutica – permanecem no centro da disputa, devido ao risco de ruturas no fornecimento e à possibilidade de Washington aplicar novas tarifas caso não seja garantido o acesso às suas indústrias.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.