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Exportações da fileira Metal Portugal atingem terceiro melhor resultado de sempre em setembro

Os responsáveis da AIMMAP prevêem que este ritmo positivo continuará nos meses de outubro e novembro, apontando para uma perda de 10 a 12% no final do ano.
23 Novembro 2020, 15h32

As exportações da fileira industrial Metal Portugal atingiram o 3º melhor resultado de sempre em setembro ao nível das exportações, com um total de 1.748 milhões de euros, o que representou um aumento de 2% face ao período homólogo.

“Este valor acaba por ser tão mais significativo pelo facto de o país em grande parte do tempo estar a tentar controlar a segunda vaga da pandemia de Covid-19”, realça um comunicado do Metal Portugal.

Desta forma, a AIMMAP anunciou que o 3.º melhor resultado de sempre alcançado no passado mês de setembro com as exportações “vem no seguimento de uma recuperação constante do setor do metal que, devido à pandemia da Covid-19, teve um decréscimo de 17,4% nos três primeiros trimestres de 2020 face a 2019”.

“Este decréscimo deveu-se essencialmente à quebra sentida nos mercados mais afetados pela pandemia da Covid-19 como a Itália (-34%), Reino Unido (-31%) e Alemanha (-22%). No entanto, em sentido contrário, alguns mercados, como o Japão, Turquia ou Suécia, têm compensado esta queda nos mercados e acabaram por fazer com que a recuperação do Metal Portugal seja uma realidade já com dois meses em terreno positivo, agosto e setembro”, explica um comunicado da AIMMAP.

O mesmo documento acrescenta que “a recuperação do mercado sentida neste mês de setembro deveu-se,  em grande parte, ao grande crescimento das exportações do ‘cluster’ automóvel”.

“No entanto, o esforço dos diversos subsetores do Metal Portugal em repor alguma normalidade no setor, conduziu a um crescimento de 3% nas exportações para a União Europeia, comparativamente com o mês anterior”, adianta o referido comunicado.

Para Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP, “este resultado histórico do setor no que diz respeito às exportações mostra a resiliência das empresas portuguesas em repor aquilo que foi perdido durante este ano, bem como a sua adaptabilidade aos tempos em que vivemos, com a capacitação destas empresas em corresponder às várias necessidades de mercado sentidas”.

“Este ritmo positivo é algo que prevemos que continuará nos meses de outubro e novembro pelo que apontamos para uma perda de 10 a 12% no final do ano. Esta recuperação será feita gradualmente, mas ainda há um longo caminho a percorrer para as empresas do Metal Portugal para atingir os resultados de anos anteriores”, alerta este responsável.

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