Até à data, os investimentos realizados rondam os 800 mil euros e ainda está a ser apurado o investimento total”, disse à agência Lusa Deborah Barbosa, administradora do Grupo Panificadora Costa & Ferreira, proprietária da fábrica de pão de Rio Maior, onde em 03 de abril deste ano deflagrou um incêndio.
O fogo resultou num comprometimento da área fabril “em cerca de 30%”, contabilizou a responsável pela fábrica situada na localidade de Alto da Serra, em Rio Maior, no distrito de Santarém, e que se dedica ao fabrico do ‘pão de Rio Maior’.
A parte central da zona de produção, “onde estavam os equipamentos de congelação, foi a mais afetada”, explicou Deborah Barbosa, ressalvando que “os fornos foram salvaguardados”, o que permitiu “reativar a produção rapidamente”.
Com recurso a aluguer de equipamentos de congelação, a empresa “conseguiu ter stock para as grandes encomendas”, numa recuperação em tempo recorde da empresa que, cinco dias depois do incêndio, “retomou a produção de forma parcial”.
Elementos de equipas técnicas como manutenção, controlo de qualidade e limpeza foram os primeiro a regressar ao trabalho após o incêndio ser dado como extinto e, a partir de 20 de maio, todos os 240 trabalhadores retomaram os seus postos de trabalho.
“Houve uma reação extraordinária de toda a nossa equipa, que permitiu uma rápida retoma de atividade”, afirmou a responsável pela empresa que, apesar do incêndio, conseguiu assegurar todos os postos de trabalho.
“Não houve lay-off nem foram reduzidos postos de trabalho, tendo até reforçado algumas posições específicas durante este período de contingência”, precisou a administradora, vincando que “as remunerações foram asseguradas a todos, mesmo a quem teve de ficar mais tempo em casa”.
A Panificadora Costa & Ferreira iniciou ainda um plano de investimentos que consistem em grande parte na reposição dos equipamentos afetados” e que passa pela aquisição de novos equipamentos, “tecnologicamente mais sustentáveis do ponto de vista ambiental”, visando o aumento da capacidade produtiva, a criação de postos de trabalho e o cumprimento do plano de internacionalização previsto para os próximos anos.
A reconstrução da fábrica deverá ficar concluída no próximo ano e está, segundo a empresária, a ser aproveitada “para fazer uma avaliação profunda e reforçar a melhoria contínua dos processos”, estando a ser preparado, “de modo estratégico, o crescimento da atividade, tendo como premissas de base a qualidade do produto, a sustentabilidade e o bem-estar dos colaboradores”.
De acordo com a Panificadora Costa & Ferreira a capacidade produtiva, que antes do incêndio rondava as 300.000 unidades por dia, cifra-se agora numa produção média de 250.000 unidades por dia, dos quais 5% são exportados para nove países: Espanha, Holanda, Bélgica, Reino Unido, Luxemburgo, França, Angola, Cabo Verde e Estados Unidos.
O objetivo da administração é “chegar a mais mercados” e, nos próximos três anos aumentar a exportações para 15%. A meta passa ainda por criar 10 novos postos de trabalho, “quer na atividade produtiva, quer fazendo crescer organicamente os postos de trabalho qualificado”, concluiu Deborah Barbosa.
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