Os fabricantes de relógios suíços estão a pressionar o governo daquele país, assim como o Banco Central Suíço a tomar medidas para enfraquecer a divisa nacional, de forma a aumentar as exportações, segundo noticia a “Bloomberg”.
Depois de três anos consecutivos com máximos de receitas geradas pelas vendas para o exterior, as exportações de relógios recuaram 2,4% no total dos primeiros sete meses de 2024. Dito isto, algumas marcas de relógios e vários fabricantes de peças pediram o apoio do governo de forma a evitar despedimentos.
“Com a inflação bem abaixo de 2%, o Banco Central Suíço tem espaço de manobra para agir no mercado de câmbio externo”, escreveram a Federação da Indústria da Relojoaria Suíça e a Federação dos Trabalhadores da Indústria da Relojoaria Suíça, num comunicado divulgado esta terça-feira.
A indústria dos relógios suíços envolve cerca de 700 empresas, com um total de 65 mil pessoas e é um pilar fundamental na economia do país. As exportações daqueles produtos têm um peso de 55% do PIB suíço, mas estão a recuar, em face de o franco suíço estar a valorizar face ao euro.
A subida dos juros do banco suíço, de -0,25% para 1,75%, entre meados de 2022 e 2023, permitiu conter a inflação naquela economia, de acordo com vários analistas. Por outro lado, permitiu que o franco suíço atingisse máximos históricos face ao euro, no final do ano passado. Nesta altura está novamente próximo de máximos.
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