Há mais de 20 anos que se procedeu à transição do modelo de gestão da Quinta da Alorna. Entre outras coisas, os membros da família proprietária não têm cargos executivos ou remunerados. A que se deveu essa mudança na forma de gerir a empresa e que balanço faz?
Foi uma decisão muito difícil. Na altura tratava-se de fazer a transição de um modelo de “quinta” gerido pela família para um modelo empresarial mais ambicioso que reclamava uma equipa de gestão profissional. Havia e há, obviamente, gente muito qualificada na família. Mas a verdade é que num contexto familiar, por vezes é difícil arbitrar, de forma objetiva, quem são os mais qualificados. A emoção tolda muitas vezes a razão. Faz parte da natureza humana. Acresce que era preciso atrair talento externo e era preciso que os profissionais que queríamos recrutar acreditassem na nossa determinação em profissionalizar a gestão. Na altura entendemos que a única forma de fazer a transição entre modelos era fazer a rutura total e retirar a família da gestão executiva e de quaisquer cargos na empresa.
Hoje, embora a família não tenha cargos executivos ou remunerados, tem assento no Conselho de Administração que emana orientações estratégicas, estabelece objetivos, aprova orçamentos e exerce funções de supervisão da equipa de gestão que escolhe e nomeia. E, ainda que a gestão seja independente e tenha autonomia, rege-se pelos valores da nossa família, assentes em pilares de responsabilidade e excelência, que se estendem ao projeto Quinta da Alorna.
Profissionalizaram a gestão, portanto.
Ao independentizarmos a gestão da família e ao separarmos a propriedade da gestão, profissionalizámos o negócio, sem perspetivas enviesadas. Contamos hoje com uma equipa multidisciplinar, altamente capaz e profissional que, no desempenho das funções executivas, está empenhada e focada desenvolvimento e prosperidade das mais diversas áreas de negócio da Quinta da Alorna. Faço assim um balanço muito positivo deste modelo de gestão. Aliás, os resultados destes 20 anos falam por si e são a prova de que foi uma decisão muito difícil, mas absolutamente acertada.
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