Como consequência do contexto pandémico, a economia nacional sofreu um impacto profundo, embora não díspar do que aconteceu com os outros países a nível mundial. Após um período de quebra e grande limitação na atividade de muitas empresas, a forma como a recuperação se irá processar vai ditar o futuro não só do mercado como do próprio país.

Com um total de créditos tomados de aproximadamente 16% do PIB, o recurso ao Factoring surge como uma solução determinante para muitas empresas que se deparam com problemas de liquidez e tesouraria.

Em abril deste ano, o Governo entregou oficialmente à Comissão Europeia o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, que contempla a realização de investimentos e reformas para modernizar a economia nacional e implementar uma verdadeira digitalização da economia nacional.

Com este objetivo em vista, o PRR português apresenta uma visão abrangente e de longo prazo assente em três pilares: resiliência, transformação climática e transição digital, estando previsto o investimento de mais de 15.000 milhões de euros a fundo perdido na economia real através da construção de grandes projetos de pendor público.

Assim, com vista à capacitação e digitalização da Administração Pública, estão previstos projetos como o investimento em serviços eletrónicos sustentáveis, o reforço da cibersegurança e a transformação digital das empresas.

No entanto, o tecido empresarial português, em especial o que opera com o setor público, continua a sofrer bastante de problemas com os prazos de pagamento muito longos dos seus clientes pelos bens ou serviços prestados. Um dos principais problemas económicos do país são os pagamentos. A Administração Pública é considerada, inclusive, um “caso de estudo” nesta realidade.

Segundo dados do Banco de Portugal, o prazo médio de pagamento do setor empresarial do Estado cresceu de 40 dias em 2019 para 65 em 2020,  o que condiciona fortemente a atividade de toda a economia. O Factoring, por isso, tem um papel fulcral na solvabilidade das empresas, na medida em que lhes permite resolver os seus problemas de gestão da tesouraria. Desta forma, por meio da aquisição de um crédito a curto prazo (até um ano), recorrer a este serviço permite às empresas alcançar uma liquidez imediata, através de um adiantamento do pagamento dos seus clientes.

No fundo, a verdade é que atualmente muitas empresas enfrentam problemas de liquidez devido aos prazos de pagamento muito longos por parte dos clientes, e os projetos previstos no PRR vêm contribuir para o prolongamento desta realidade.

Neste contexto, o serviço de Factoring torna-se uma solução fundamental não só para apoiar estas empresas como, de uma forma mais global, ajudar na recuperação do tecido económico português e na alavancagem da economia nacional.