Nem os títulos mais defensivos escaparam a dia de correção, conclui o analista de mercado do Millennium BCP, na sua análise de fecho de mercado. O PSI foi dos que caiu menos, mas ainda assim recuou 0,51% para 6.025,76 pontos. As ações do BCP tombaram 3,14% para 0,2220 euros em dia negativo para a banca. O Santander em Espanha caiu 4,21%.
Nos dez títulos que caíram na sessão o destaque vai também para a Semapa que caiu 1,84% para 13,90 euros; para a Greenvolt que desceu 1,66% para 7,09 euros; para a Altri que recuou 1,26% para 4,69 euros; e para a Mota-Engil que deslizou 1% para 1,578 euros.
No verde quem se destacou foram as retalhistas do sector alimentar. A Sonae avançou 0,76% para 1,0630 e ao Jerónimo Martins ganhou 0,75% para 20,08 euros. Só três ações fecharam em alta e a terceira foi a NOS que subiu 0,47% para 4,27 euros.
Na Europa esta foi uma sexta-feira de “quedas algo expressivas nas bolsas europeias, arrastadas pelo tombo no sector financeiro, em especial na Banca, depois de o norte-americano Silicon Valley Bank ter ontem mostrado que um portefólio de obrigações que alienou, no valor de 21 mil milhões de dólares, registava uma rentabilidade de apenas 1,8%, gerando preocupações sobre a capacidade dos bancos em expandirem a rentabilidade como seria esperado num ambiente de elevadas taxas de juro”.
O EuroStoxx 50 caiu 1,32% para 4.229,5 pontos e o Stoxx 600 recuou 1,54%.
O FTSE 100 perdeu 1,67% para 7.748,35 pontos; o CAC 40 desceu 1,30% para 7.220,7 pontos; o DAX perdeu 1,31% para 15.428 pontos; o FTSE MIB caiu 1,55% para 27.282 pontos; e o IBEX perdeu 1,47% para 9.285 pontos.
“O SVB voltou a tombar hoje perante notas de que não conseguiu atrair investidores para o aumento de capital que necessita”, referia a análise da MTrader. No entanto, já depois do mercado fechar, os reguladores financeiros dos Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira o fecho do Silicon Valley Bank (SVB) por falta de liquidez e de capital (situação de insolvência) e anunciaram medidas para garantir a proteção de todos os seus depósitos garantidos.
“As perdas foram de resto transversais à generalidade dos setores, pese embora os defensivos terem registado melhores performances, onde o de utilities escapou às perdas. A evitar maiores quedas pode estar a recuperação que se faz sentir em Wall Street, após a revelação de que a taxa de desemprego nos EUA aumentou em fevereiro e que os salários cresceram abaixo do previsto, dados que podem contribuir para uma redução das pressões inflacionistas”, refere o analista do BCP.
Nas notícias destacou-se a que revela que Organização Europeia de Consumidores considera ser “arriscado” introduzir, aquando da reforma do mercado elétrico da União Europeia, um modelo europeu “revolucionário e sem provas” semelhante ao mecanismo ibérico limitador do preço do gás na eletricidade.
Na macroeconomia, a inflação homóloga na Alemanha foi de 8,7% em fevereiro, o mesmo que em janeiro, permanecendo num nível elevado, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos, informou hoje a agência federal de estatística alemã (Destatis).
O petróleo Brent sobe 1,57% para 82,87 dólares o barril.
O euro valoriza 0,87% para 1,0672 dólares.
Na dívida soberana a 10 anos, a Alemanha vê os juros recuarem 13,36 pontos base para 2,50%. Portugal tem os juros em queda de 10,61 pontos base para 3,38%, tal como Espanha que tem os juros a descerem 10,03 pontos base para 3,54%.
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