As farmácias portuguesas venderam 9,7 milhões de máscaras no espaço de duas semanas durante o mês de abril, segundo a Associação Nacional de Farmácias (ANF).
Na semana de 13 a 19 de abril, foram vendidas 4,4 milhões de máscaras, enquanto que na semana de 20 a 26 de abril foram vendidas 5,3 milhões de máscaras, de acordo com os dados da HMR, multinacional portuguesa especialista em estudos de mercado de produtos farmacêuticos.
Segundo a ANF, as farmácias “só dispensam à população máscaras certificadas”, garantindo que os “farmacêuticos e as suas equipas estão preparados para esclarecer quaisquer dúvidas sobre as especificações técnicas e o uso correto das máscaras e outros equipamentos”.
“Como maior rede de saúde pública, temos a especial responsabilidade de garantir que todos os portugueses têm acesso a materiais de proteção adequados, em condições de igualdade, em qualquer ponto do território”, disse em comunicado Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.
Este aumento nas vendas aconteceu depois de a rede de farmácias também ter sofrido com a escassez de equipamentos de proteção.
“Na última semana de Março, só conseguiu dispensar 278 mil máscaras, número pouco acima do normal antes da epidemia de Covid-19”, segundo a ANF, isto antes do ritmo de vendas ter acelerado ao longo do mês de abril.
Em relação à prática de preços especulativos nas máscaras e outros produtos de proteção contra a Covid-19, a ANF diz que recomendou a 24 de março às suas 2.750 farmácias associadas a aplicação da “margem de comercialização definida por lei para os medicamentos comparticipados, ou ainda mais baixa”.
A ANF explica que já “denunciou à ASAE centenas de propostas comerciais especulativas, apresentadas às farmácias por empresas de ocasião, e pediu por carta a intervenção do primeiro-ministro. No dia 17 de Abril, o Governo regulamentou a margem de lucro para todos os operadores económicos”.
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