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Faturação da The Navigator cresceu 4,6% no primeiro semestre

O segmento de papel representou 72% do volume de negócios do grupo, com um total de 611 milhões de euros na primeira metade deste ano.
24 Julho 2019, 19h34

A The Navigator (ex-Portucel) fechou o primeiro exercício de 2018 com um volume de faturação de 854,1 milhões de euros, o que representou um crescimento de 4,6% face ao período homólogo do ano transacto.

O segmento de papel representou 72% do volume de negócios do grupo, com um total de 611 milhões de euros, enquanto a energia valeu 10% (82,8 milhões de euros) e a pasta de papel cerca de 9% (77,6 milhões de euros).

Por seu turno, o negócio de ‘tissue’ da the Navigator Company movimento cerca de 8% da faturação da empresa nos primeiros seis meses deste ano, com  um total de 85,4 milhões de euros.

“O período caracterizou-se pelos desafios apresentados pela condições de mercado do setor da pasta e pape, em particular pela queda dos preços de pasta. A Navigator registou um nível de preços de papel superior ao semestre homólogo, o que, conjugado com o aumento de vendas de pasta e ‘tissue’, compensou a evolução desfavorável nos volumes de produção e vendas de papel”, destaca o comunicado enviado há minutos pela The Navigator para o ‘site’ oficial da CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A administração da empresa destaca que “a produção de pasta no primeiro semestre de 2019 atingiu 698 mil toneladas, 2,4% acima do ano anterior, beneficiando do incremento de capacidade realizado na fábrica da Figueira da Foz em 2018, tendo a produção, no entanto, ficado condicionada pelas grandes paragens de manutenção ocorridas nas fábricas de Setúbal e Cacia, em abril e maio”.

“Ainda assim, a quantidade de pasta disponível para venda ficou acima da do ano anterior, o que permitiu registar um aumento nas vendas de pasta de 8,4%, para 124 mil toneladas”, acrescenta o referido comunicado.

No negócio de ‘tissue’, verificou-se um aumento significativo de 66% do volume vendido para 47,2 mil toneladas, em resultado do arranque da nova fábrica de ‘tissue’ de Aveiro.

“O valor de vendas em 65,7 milhões de euros, crescendo 62% em relação ao primeiro semestre de 2018. Este crescimento em volume traduz duas evoluções de negócio diferenciadas. Por um lado, as vendas de produto acabado cresceram cerca de 29%, para 35,8 mil toneladas e, por outro, o grupo registou um forte aumento nas vendas de bobines (x16), para 11,4 mil toneladas, que forma marginais em igual período do ano passado”, salienta o comunicado da produtora de pasta e papel

O EBITDA da The Navigator Company no período em análise fixou-se nos 207 milhões de euros, o que traduziu uma quebra de 2,8% face ao EBITDA ajustado do primeiro semestre do ano passado, ou seja, sem os ganhos de alienação do negócio de ‘pellets’ nos Estados Unidos.

A margem EBITDA/vendas situou-se nos 24,2%, tendo sido pressionada pela redução do preço da pasta e por maiores custos de produção.

O investimento da empresa (‘capex’) totalizou 68,2 milhões de euros (77,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2018), dirigido para a manutenção e para a área ambiental.

A administração da The Navigator Company destaca ainda que houve uma “forte geração de ‘cash flow’ livre, de 100 milhões de euros, que compara com um valor ajustado de 85 milhões de euros (sem o recebimento da venda do negócio de ‘pellets'”.

“O Grupo permanece focado no seu programa de redução de custos operacionais M2, [tendo] atingido cerca de 8,1 milhões de euros de impacto positivo em EBITDA no semestre. este esforço permitiu atenuar parcialmente o agravamento de custos associado a fatores exógenos, que afetaram a globalidade da indústria de pasta e papel (em particular a energia, a madeira e os químicos)”, assinala o referido comunicado.

O endividamento líquido remunerado de 796,4 milhões de euros com que a empresa encerrou o primeiro semestre deste ano permitiu manter o rácio de ‘net debt’ (dívida líquida)/EBITDA “num nível confortável de 1,83 x, depois do pagamento de 200 milhões de euros em dividendos em abril e um montante de investimento em ações próprias de 14,2 milhões de euros”.

De qualquer forma, este endividamento representou um aumento de 113,4 milhões de euros em relação ao final de 2018.

Na primeira metade deste ano, os resultados financeiros da The Navigator Company melhoraram 1,7 milhões de euros, situando-se em 9,7 milhões de euros negativos (11,4 milhões de euros negativos no primeiro semestre de 2018).

 

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