O Fundo de Resolução não conseguiu contratar um assessor financeiro para o apoiar na na operação de venda da participação financeira de 13,54% no capital do Novobanco.
As duas consultas a bancos de investimento e consultoras ficaram desertas, porque os potenciais candidatos a assessores financeiros acharam o valor do contrato baixo, apurou o Jornal Económico. A instituição liderada por Luís Máximo dos Santos fez uma segunda tentativa subindo o preço das comissões a pagar face ao concurso inicial, mas ainda assim não convenceu.
No entanto ainda pode voltar a tentar. Caso contrário uma eventual venda terá de através de
negociação direta, segundo as mesmas fontes.
Em janeiro o Fundo de Resolução decidiu avançar com um processo de contratação de um assessor financeiro para avaliar a participação do Novobanco e consequentemente intermediar a venda dessa participação.
O facto de avançarem para negociação direta pode significar que o Fundo de Resolução não deverá acompanhar a Oferta Pública Inicial (IPO) do Novobanco que continua a estar prevista para meados de junho.
A decisão do Fundo de Resolução, que é dono de de 13,54% do Novobanco é distinta da decisão do Estado que, através da Direção-geral do Tesouro e Finanças (DGTF), detém 11,46%. No entanto a venda em bloco pode ser vantajosa para ambas as entidades públicas.
Como se sabe o Estado não é obrigado a acompanhar a Lone Star no IPO, mas garantiu que terá as mesmas condições dos outros dois acionistas se decidir participar na operação, incluindo o preço.
Num processo de venda direto, o cenário é diferente, pois o Estado assegurou que vende ao mesmo preço da Lone Star (mecanismo tag along), mas o maior acionista poderá forçar o Estado a vender a sua posição (mecanismo drag along),
A decisão final das entidades públicas deverá ter em conta qual a melhor solução, em termos de encaixe, para a participação das entidades públicas que, no conjunto, soma 25%.
O Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), se acompanharem a Oferta Pública Inicial (IPO) do Novobanco, promovida pelo maior acionista Lone Star, só conseguem vender no conjunto 7,5% do Novobanco (4,06% o Fundo de Resolução e 3,44% a Direção do Tesouro). Isto no cenário de um IPO de 30% do Novobanco (o intervalo mais alto da estimativa que oscila entre 20% a 30%).
O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já admitiu que apesar de haver uma intenção da Lone Star em fazer um IPO, também não exclui fazer uma venda direta.
Novobanco distribuiu 1,1 mil milhões
Esta semana, o banco aprovou uma redução de capital de 1,1 mil milhões de euros, para remunerar os acionistas. O montante correspondente à redução será distribuído pelos acionistas no valor de 2,20 euros por ação, explica a instituição financeira liderada por Mark Bourke.
O Novobanco diz que “está a caminho de entregar mais 2,2 mil milhões de euros de capital disponível para distribuição nos próximos três anos, excluindo os 225 milhões de dividendos distribuídos no segundo semestre do ano passado e os 1,1 mil milhões de euros de redução de capital”, segundo revelou a administração do banco na conference call de apresentação de contas aos analistas.
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