Depois de muitos meses de incerteza, ruído e suposições, a Reserva Federal (Fed) clarificou de forma inequívoca os próximos passos sobre o rumo que pretende dar à política monetária nos EUA.
É certo que Jerome Powell não indicou uma data precisa, mas foi como se o tivesse feito, pois revelou que o início da redução do montante adquirido mensalmente pelo banco central, que se situa nos 120 mil milhões de dólares, pode começar já na próxima reunião, que ocorrerá nos dias 2 e 3 de Novembro, sendo que o processo de esvaziar esse estímulo poderá ser mais célere do que o normal, colocando o meio de 2022 como zona temporal, o que daria cerca de oito meses, contra os dez meses do tapering de 2014.
Não obstante o sentimento dos investidores já estar preparado para uma alteração ainda este ano, o facto de ser um corte de estímulos mais rápido poderia ter colocado algum cepticismo no mercado, contudo a mesma declaração foi acompanhada pela habitual frase de conforto, nomeadamente que o ritmo seria ajustado caso as condições económicas assim o exijam.
Igualmente importante, mas também esperado foi a neutralidade de posições entre os membros do board que existe agora sobre quando irão começar a subir os juros, nomeadamente uma incerteza criada para 2022, uma vez que até agora o aumento do custo do dinheiro estava projectado acontecer apenas em 2023.
Resumindo, foi uma reunião mais hawkish que neutral, que se constatou pela subida de 0,2% no U.S dólar, contudo não tão agressivo que tivesse levado os investidores a reagir negativamente, até porque existem indícios que contrariamente ao que se tinha comentado há uns meses, o presidente Joe Biden deverá reconduzir Jerome Powell ao leme da Fed, continuando assim o banco central a ter um dovish nos comandos, o que acalma a maioria de membros com mentalidade mais hawkish, que prevalece actualmente.
No final do dia, o resultado foi claramente positivo para os Touros e sem grandes sobressaltos, com valorizações na ordem do 1% em toda a linha, optimismo que se poderá manter hoje, já que os futuros navegam com um ganho de 0,5%.
O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é diário.
O principal índice accionista efectuou um rebound, na média móvel dos 100 dias (vermelho), contudo poderá agora encontrar resistência na média móvel dos 50 dias (laranja).
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