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Fenprof denuncia abuso nas contratações e precariedade laboral dos professores

No dia em que 24 mil professores se apresentaram ao serviço, Mário Nogueira apresentou o plano de ação da Fenprof para este ano letivo e criticou as condições das contratações laborais no setor publico.
  • Foto cedida
2 Setembro 2019, 12h22

O secretário geral do sindicato dos professores  (Fenprof) denunciou esta segunda-feira a precariedade laboral na contratação dos professores para este ano letivo.

Numa conferência de imprensa na EB1 Rainha Sta. Isabel, em Coimbra, Mário Nogueira apresentou esta manhã as iniciativas da Fenprof para 2019-2020, num dia em que 24 mil docentes apresentam-se ao serviço. Uma dessas iniciativas foi o combate à precariedade na contratação dos professores.

“Desde ontem, 1 de setembro, que 542 professores vincularam e se apresentaram nas suas escolas”, afirmou o dirigente. “É importante dizer que estes professores que eram contratados até ao dia 31 de agosto, têm em media 44 anos de idade e 15 anos de serviço. Ou seja, o governo continua a abusar da contratação a termo e a violar inclusivamente uma diretiva comunitária que exige que o setor publico cumpra as regras do privado”, afirmou em declarações aos jornalistas.

Face a estas condições, Mário Nogueira acusa a União Europeia (UE) de inação apesar de haver diretivas que proíbam contratos dessa natureza. “O privado diz que a fim de 3 anos, ou 3 contratos, o trabalhador tem que integrar um quadro. No público, foram precisos 15 anos, em média, para entrar no quadro. Há uma diretiva da UE que proíbe isto, mas como sabemos a UE só decide intervir quando é para mandar dinheiro para os bancos dos contribuintes, porque quando é para cumprir com outras coisas não quer saber disso para nada”, criticou o secretário-geral do sindicato dos professores.

Esta conferência de imprensa serviu também para relembrar que os professores voltam às ruas do país no dia 5 de outubro, Dia Mundial do Professor. Ao voltar para as ruas, o organismo sindical liderado por Mário Nogueira lembra o processo negocial entre professores e Governo pela recuperação do tempo de serviço, durante o período do congelamento das carreiras.

 

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