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Fenprof promete “combate contra o roubo” de anos de serviço dos professores

Numa nota enviada à comunicação social a Federação Nacional dos Professores mostra-se revoltada com a promulgação do diploma legal que apaga 6,5 anos de serviço aos professores.
12 Março 2019, 10h59

Após ter sido promulgado na segunda-feira o diploma legal que apaga 6,5 anos de serviço aos professores, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Federação Nacional dos Professores, diz estar pronta “lutar no combate contra o roubo”, do qual os professores estão a ser alvos.

Numa nota enviada à comunicação social esta terça-feira, o organismo liderado por Mário Nogueira, diz que “nada mais havia a esperar do Governo”, esperando que o mesmo “seja lesto na publicação do decreto que espolia os docentes de parte significativa da sua vida profissional, para se passar à fase seguinte”.

A Fenprof acusa o Governo e o Ministério da Educação (ME) de simularem durante mais de um ano “processos negociais que não passaram de farsas destinadas a ludibriar a opinião pública”. O organismo afirma que o Governo do Partido Socialista (PS) “manifestou, mais uma vez, um enorme desrespeito por quem, nas escolas, constrói o futuro de Portugal, dando o seu melhor pelo sucesso dos alunos”, e que “quem assim desrespeita estes profissionais não merece deles qualquer consideração, apenas protesto e repúdio”.

O organismo liderado por Mário Nogueira, sublinha no comunicado que a Assembleia da República, “foi tão desrespeitada como os professores e as suas organizações sindicais”, neste processo esperando que “a resolução deste grave problema e a entrega do seu a seu dono, neste caso, a recuperação, pelos professores, do seu tempo de serviço”.

Para isso a Fenprof relembra que “CDS-PP, PSD, PCP, BE, PEV e PAN já manifestaram posição favorável à recuperação total do tempo de serviço”, faltando agora “construir consenso em torno de uma solução concreta, contribuindo, para tal, a Petição entregue no passado dia 7 com mais de 60 mil assinaturas só de professores e educadores, bem como a proposta que foi entregue em mão a cada grupo parlamentar”.

Contudo, o organismo salienta que “os professores sabem que a solução para este problema está na sua capacidade de lutar por ela”, sendo que por isso de “enorme importância a Manifestação Nacional convocada para 23 de março”, na qual os professores terão a oportunidade de “manifestarem todo o seu protesto pelo roubo de que estão a ser vítimas, bem como a exigência, agora junto da Assembleia da República, de reparação dos danos causados”.

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