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Ferramentas que são um superpoder que temos de aprender

Pedro Santa Clara, fundador da 42 Lisboa é categórico: as ferramentas de inteligência artificial são um super poder, capaz de multiplicar por muito a produtividade.
23 Novembro 2025, 18h00

Formação e trabalho são incógnitas da mesma equação, num quadro atravessado por uma variável profundamente disruptora: a Inteligência Artificial.

“A IA vai ser uma grande alavanca, vai dar-nos superpoderes a todos nós que a usarmos. Mas, desde logo é preciso vencer essa batalha: temos de a usar. Depois vai mudar profundamente a forma de trabalharmos, vai torná-la muito mais criativa e colaborativa”, afirmou Pedro Santa Clara no debate em que participaram Marta Cunha, head of Transformation da Sonae, e Eduardo Martinez, antigo aluno da 42 Lisboa, fundador da Carbon.

O professor catedrático de Finanças, fundador da 42 Lisboa, exemplifica com um estudo da BCG, em que o grupo de 50 consultores usando IA apresentou aumentos de produtividade entre 30% a 50% superiores ao do grupo que executou as tarefas sem IA. A qualidade do trabalho também melhorou significativamente nos primeiros. Na sua leitura, estas ferramentas equalizam. Logo, “quanto menos capacidades e conhecimentos tivermos, mais devemos usar”.

Marta Cunha concorda, no essencial, com Pedro Santa Clara – com a IA “tudo vai subir, tudo vai ser melhor”. Discorda ligeiramente no final, pois tem a perspetiva de que “as distâncias entre o melhor e o pior vão manter-se”. A responsável da Sonae explica que neste cenário de mudança acelerada em que a profissão de hoje não será a profissão de amanhã, o que conta é, como dizem, na Sonae: “cada um tem de ser dono da sua jornada” e no final “ter a vontade de se desafiar e fazer o seu caminho”. “Capacidade de se reinventar, de aprender e de perceber outras nuances” são fundamentais.

Marta Dias complementa a existência das ferramentas de IA com a necessidade de apurar uma cultura empresarial nesse sentido.

Eduardo Martinez também pôs o diapasão na capacidade de o indivíduo se reinventar. É o passaporte para o futuro e na 42 ganha-se “nos desafios e na colaboração com colegas e professores”.


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