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Ferrari perde exclusividade do nome “Testarossa” em tribunal

Um tribunal alemão decretou que a Ferrari não tinha direito ao uso exclusivo do nome Testarossa, perdendo-o para uma fábrica de brinquedos. A falta de utilização da denominação foi a razão invocada.
8 Agosto 2017, 09h28

Parece notícia de 1 de abril, mas não é. Na semana passada, um tribunal alemão deu a Kurt Hesse, proprietário da fábrica Autec AG (que produz miniaturas e brinquedos), o direito a usar a denominação Testarossa nos seus produtos, não dando razão às reclamações da Ferrari, que colocou o fabricante de brinquedos em tribunal alegando violação de registo comercial.

O tribunal de Dusseldorf decidiu atribuir o registo no nome ao industrial alemão, baseando a sua decisão no facto de a Ferrari não utilizar o nome Testarossa há mais de duas décadas.

A marca italiana, por seu turno, argumentava que, apesar de não ter nenhum veículo novo com a denominação Testarossa, continua a dar assistência e a vender peças para o restauro dos modelos Testarossa dos seus clientes, mas o tribunal considerou que tal não era o suficiente para manter a patente, uma vez que esses serviços eram prestados pela Ferrari e não por uma entidade denominada Testarossa: “Uma marca tem de ser utilizada para poder ser protegida, algo que, neste caso, a companhia não fez”, pode ler-se no comunicado, citado pelo Motortrend.

Recorde-se que a Ferrari – que não comenta a possibilidade de recorrer desta decisão – utilizou pela primeira vez este nome em 1957, então como “Testa Rossa”. Em 1984 foi apresentado em Paris, o “Testarossa”, que esteve em produção até 1996.

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