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Fidelity: ‘Touros’ começam a rondar o mercado de dívida dos EUA

Diretor de investimento da Fidelity International considera que é o “momento oportuno” para os investidores rever as exposições ao risco e aumentar a qualidade média do portefólio antes que a maré vire.
  • Alex Domanski/Reuters
4 Outubro 2018, 17h15

O juro da dívida benchmark dos EUA atingiu máximos de mais de sete anos esta quinta-feira, graças ao discurso do presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Jerome Powell, e aos sinais robustos de crescimento e contratações pelas empresas privadas no país. Os ‘ursos’ poderão estar próximos de dar lugar aos ’touros’.

“As yields das Obrigações a 10 anos e, mais importante, a 30 anos, quebraram os níveis de suporte anteriores e há pouco espaço no caminho a partir daqui. Estes movimentos estenderam-se à extremidade dianteira da curva, com os mercados a reavaliarem as expetativas de mais subidas de taxa pelo Fed”, explicou Andrea Iannelli, diretor de investimento da Fidelity International, num comentário enviado ao Jornal Económico.

yield das Treasuries a 10 anos sobem 2 pontos base para 3,20% e a 30 anos avançam 2,7 pontos base para 3,362%. O diretor de investimento da Fidelity International alerta que há pouca recompensa para a tomada de risco, apesar de esperar que as taxas de default se mantenham baixas. Assim, diz ser o “momento oportuno” para os investidores rever as exposições ao risco e aumentar a qualidade média do portefólio antes que a maré vire.

“Os ‘ursos’ do mercado de títulos do Tesouro dos EUA têm sido justificados até agora, mas haverá eventualmente um ponto de inflexão em que os rendimentos mais elevados pesarão sobre ativos arriscados e os investidores não deverão ficar muito complacentes”, sublinhou Iannelli.

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