A primeira época de André Villas-Boas ao leme do FC Porto deixou muitos portistas à beira de um ataque de nervos, ao nível desportivo.
Mas se em campo as coisas não correram como muitos esperavam, em termos financeiros a equipa de André Villas-Bolas deu a volta e passou de prejuízos para lucros recorde. É obra.
Com a nova época a começar da melhor forma, eis agora um motivo para administração e adeptos festejarem: lucros recorde acima de 39 milhões de euros, deixando os prejuízos de 21 milhões da época 23/24 definitivamente para trás.
Mais. Este resultado é alcançado numa época em que o Clube participou na Liga Europa e não na Liga dos Campeões da UEFA, com uma diferença de receita e resultados de 47,85 milhões de euros, sublinha a SAD azul e branca.
O que melhorou? Mais sócios, mais lugares anuais e bilhetes vendidos, permitindo “atenuar” o impacto da não participação na ‘Champions’.
Apesar de a época anterior ter ficado “aquém das expetativas e dos pergaminhos do FC Porto, ainda que com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, mas foi também um período de intensa reestruturação operacional e financeira, que se traduziu no crescimento das receitas comerciais”.
O resultado operacional (sem transações de jogadores) foi positivo em 2,4 milhões de euros, face ao resultado negativo anterior.
Proveitos operacionais (sem transações de jogadores) ficou 14% abaixo nos 150 milhões devido à não participação na Champions, com 48 milhõies de receitas UEFA, e compensado parcialmente pelo Mundial de Clubes com receitas de 17 milhões.
Custos operacionais caíram 17% para 29,3 milhões de euros.
As vendas de jogadores atingiram um valor recorde: 100 milhões (proveitos de 171 milhões) com as vendas de Evanilson, Galeno e Nico Gonzalez por “valores muito significativos”.
Também os empréstimos geraram receitas significativas, como o de Francisco Conceição.
Reestruturação Financeira e da Situação Patrimonial, com os capitais próprios a melhorarem em mais de 100 milhões para 10,5 milhões negativos, com a incorporação do lucro de 39 milhões, a parceria com a Ithaka, que resultou na venda de 30% dos direitos económicos da Porto StadCo, por 65 milhões de euros com potencial para atingir 100 milhões.
Melhoria significativa da liquidez, com a redução do “desbalanceamento entre ativo corrente e passivo corrente em 212 millhões, o que “permitiu eliminar desequilíbrios críticos de tesouraria registados no encerramento do exercício anterior”.
O que diz André Villas-Boas? “Definimos e cumprimos objetivos de redução significativa de custos: em recursos humanos, incluindo os custos com o Conselho de Administração; em fornecimentos e serviços externos, incluindo despesas de representação; e em custos financeiros, na sequência do refinanciamento da dívida em condições mais favoráveis”.
“Esta reestruturação, aliada aos muito expressivos resultados com transações de jogadores, permitiu que a FC Porto – Futebol, SAD apresentasse o resultado líquido mais elevado da sua história e cumprisse integralmente as regras de sustentabilidade financeira da UEFA no exercício de 2024/2025. Reduzimos de forma significativa o impacto do incumprimento apurado no exercício anterior e criámos condições para um investimento sustentável na equipa principal de futebol, que iniciou a época de 2025/2026 com ambições renovadas”, segundo o presidente portista no relatório financeiro.
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