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Filhos de milionários russos não precisam de ser empreendedores para entrarem na lista dos super ricos

Os magnatas russos estão a transferir parte dos seus impérios aos seus herdeiros como forma de manter a riqueza na família. Os irmãos Mordashov, Kirill e Nikita de 20 e 19 anos, já têm uma fortuna avaliada em mais de 1.400 milhões de euros.
  • Alexey Mordashov
26 Junho 2019, 13h49

Os milionários russos estão atualmente a transferir grande parte da sua riqueza para as gerações seguintes das suas famílias. Apesar de não terem formação, nem serem empreendedores, estes jovens estão a subir no ranking das pessoas mais ricas do mundo e a preservar o império da família.

Os filhos de Alexey Mordashov (na foto) são um exemplo. Kirill Mordashov de 20 anos e Nikita Mordashov de 19 estão rapidamente a subir na lista dos mais ricos do mundo.

Na semana passada, o quarto homem mais rico da Rússia, que detém ações na empresa alemã de turismo TUI AG, transferiu para os seus filhos ações no valor de 890 milhões de dólares (783 milhões de euros). Em fevereiro, cedeu a Kirill e Nikita 65% da sua participação na produtora de ouro Nordgold, uma fatia avaliada em 780 milhões de dólares (686 milhões de euros).

O titã da energia Leonid Fedun, segue a tendência. No ano passado, entregou uma parte das ações que detinha na petrolífera Lukoi, avaliadas em 1,4 mil milhões de dólares (1.231 milhões de euros), ao filho Anton e à filha Ekaterina.

Vladimir Evtushenkov, por sua vez, cedeu 5% da sua participação numa sociedade de capital aberto, avaliada em 75 milhões de dólares (66 milhões de euros), ao seu filho Felix.

Mas esta prática não é novidade entre empreendedores russos. Alguns milionários começaram a atribuir aos seus filhos cargos de alto nível nos seus negócios. Olga Rashnikova, a filha de 42 anos do magnata do aço Victor Rashnikov, que tem 70 anos, integra o conselho da Magnitogorsk Iron & Steel Works, uma das 30 maiores empresas de siderúgica , em 2017.

Em 2010, David Iakobachvili, e mais três sócios, venderam a sua participação maioritária numa das maiores empresas de lacticínios da Europa, a Wimm-Bill-Dann Foods, à PepsiCo por 3,8 mil milhões de dólares (3.343 milhões de euros). Agora, quem gere os investimentos familiares em novas tecnologias, como blockchain e criptocorrências, é o filho de 26 anos, Mikhail que regressou a Moscovo depois de se formar, em 2014, na Universidade de Nova Iorque.

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