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Finanças “lamentam” que Deloitte vai amanhã enviar apenas a versão preliminar da auditoria ao Novo Banco

“No contexto deste atraso, o Governo considera que, até à conclusão da referida auditoria, não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos improdutivos por parte do Novo Banco”, sublinhou o ministério liderado por João Leão.
30 Julho 2020, 23h04

O ministério das Finanças comunicou esta quinta-feira que foi informado que a Deloitte irá na sexta-feira apresentar apenas uma versão preliminar do relatório da auditoria ao Novo Banco, apesar da insistência do Governo para ter a versão completa até 31 de julho, um atraso de que o ministério liderado por João Leão diz lamentar. Como consequência, o Governo e o Fundo de Resolução pediram ao Novo Banco para não vender mais carteiras de crédito até à entrega do relatório final.

Em comunicado, o ministério informou que irá realizar-se a 31 de julho uma reunião do Comité de Acompanhamento Operacional da auditoria ao Novo Banco, órgão que é composto pelo Fundo de Resolução, pelo Novo Banco, enquanto entidade auditada, e pela Deloitte, enquanto auditor independente selecionado para a realização da referida auditoria.

“Na sequência da insistência do Governo para se concluir a auditoria, o Ministério das Finanças, que não integra o mencionado Comité de Acompanhamento Operacional, foi informado de que, nessa reunião, o auditor independente apresentará as conclusões preliminares de um conjunto de secções integrantes do relatório de auditoria, para efeitos do exercício de contraditório pela entidade auditada e solicitação de eventuais esclarecimentos adicionais por parte do Fundo de Resolução”, adiantou.

“O Ministério das Finanças lamenta que, nessa data, o auditor independente não apresente ainda a versão final e definitiva do relatório de auditoria e aguarda que esse relatório seja concluído e dado a conhecer ao Governo e aos partidos representados na Assembleia da República no mais curto prazo possível”, sublinhou.

No contexto deste atraso, o Governo considera que, até à conclusão da referida auditoria, não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos improdutivos por parte do Novo Banco.

“Na sequência das preocupações expressas pelo Governo, o Fundo de Resolução informou hoje o Ministério das Finanças que partilha do mesmo entendimento, tendo já comunicado ao Novo Banco que este não deve realizar tais operações até à conclusão do processo de auditoria”, adiantou.

[Atualizada às 23h08]

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