[weglot_switcher]

Fisioterapeutas temem nova quebra de atividade devido ao estado de emergência

Em março, cerca de 73% dos fisioterapeutas interromperam a sua atividade presencial e destes, apenas cerca de 60% recorreu a estratégias de telefisioterapia para continuar a acompanhar os seus utentes. APFisio teme que atividade volte a ficar suspensa, comprometendo, assim, a saúde física dos utentes.
12 Novembro 2020, 13h35

Depois de em março, altura em que foi decretado o primeiro estado de emergência, ter-se assistido a uma quebra de atividade entre os profissionais da fisioterapia, Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFisio) alertou, esta quinta-feira, para o risco de, por força da nova ordem de estado de emergência, muitos tratamentos de fisioterapia poderem ser dificultados ou interrompidos durante o presente mês.

Segundo a associação, na primeira fase da pandemia cerca de 73% dos fisioterapeutas interromperam a sua atividade presencial e destes, apenas cerca de 60% recorreu a estratégias de telefisioterapia para continuar a acompanhar os seus utentes. E em 20% das instituições onde eram prestados serviços de fisioterapia antes da pandemia não permitiram ainda o regresso dos fisioterapeutas, o que, segundo a APFisio, contribui para uma deterioração do estado funcional dos idosos ao seu cuidado

Em comunicado, a APFisio considera que a suspensão da atividade não-essencial durante o mês de novembro, que inclui os tratamentos de fisioterapia, pode resultar em muitas pessoas a verem “os seus cuidados nesta área bastante comprometidos durante o confinamento, com todas as consequências conhecidas para a sua funcionalidade e prognóstico de recuperação”.

Para o responsável do órgão, Adérito Seixas “os fisioterapeutas atuam não apenas em condições de saúde agudas, mas também crónicas e, muitas vezes, com pessoas com várias comorbilidades e que apresentam inúmeras limitações à sua autonomia e desempenho nas atividades da vida diária”.

O presidente da APFisio reforça que é essencial olhar para o que se passou com os cuidados de reabilitação, que na sua larga maioria são prestados por fisioterapeutas, desde o início da pandemia e tirar as necessárias ilações.

“Neste momento, é seguro afirmar que a maioria dos serviços de fisioterapia ainda não voltou à atividade normal e as consequências negativas desta limitação no acesso aos cuidados de fisioterapia, quer em termos físicos, mas também ao nível da saúde mental, estão bem visíveis”, revela.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.