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Fixando: mercado da contratação de serviços online cresce 2% no primeiro semestre

A plataforma online registou crescimentos expressivos na procura e pedidos de serviços de PT, insufláveis para animação de festas, psicólogos, quintas para eventos e hotéis para animais de estimação.
21 Agosto 2024, 07h30

A empresa portuguesa Fixando, que tem uma plataforma online de prestação de serviços, concluiu que o mercado quase estagnou no primeiro semestre deste ano ao registar um crescimento de apenas 2% em relação aos meses de janeiro a junho de 2023.

Profissionais de Personal Training (PT) e fitness (90%), insufláveis para animação de festas (63%) e psicólogos e coaches (62%) foram os mais procurados, apesar de o maior número de pedidos de orçamento se ter registado em quintas para eventos (+26%) e hotéis e creche para animais de estimação (+11%).

Os maiores crescimentos em termos de número de empresas e profissionais ativos foram: quintas e locais para festas e eventos (88%), PT e fitness (57%), animação com insufláveis (46%), psicologia e aconselhamento (40%) e estofador (33%).

Por outro lado, registaram-se quedas na procura em empresas de mudanças (-38%), limpeza (-25%), carpintaria e marcenaria (-18%), telhados e coberturas (-15%) e remodelações e construção (-15%). E também houve uma contração significativa no número de empresas e profissionais de aluguer de roupa (-89%), aluguer de viaturas (-80%) e limpezas (-51%).

Apesar das reduções nestas categorias, a Fixando considera que as áreas com maior potencial de negócio para este segundo semestre são aluguer de roupa, com 49 euros de ganho médio por serviço, as reparações de carros e mecânica (460 euros), aluguer de viaturas (724 euros) e também as quintas e locais para Festas e Eventos (404 euros). Já a pintura, fotografia, contabilidade e fiscalidade e empresas de mudanças e de certificação energética podem antecipar mais concorrência nesta segunda metade de 2024.

“Considerando os dados de anos anteriores a conjuntura atual e a sazonalidade, projetamos um crescimento na procura por serviços que impactam o conforto térmico das habitações (como instalação de estores e persianas, isolamentos, climatização, chaminés e lareiras) na ordem dos 40% face a este semestre, com outros serviços para a casa (pintura, reparações, iluminação) a acompanharem também este crescimento”, antevê o CEO da Fixando, em declarações o Jornal Económico (JE).

“Serviços de bem-estar, quer psicológico como físico (osteopatia, psicologia e aconselhamento, PT, entre outros), serão também muito procurados nos próximos meses, assim coo o serviço doméstico e as explicações”, acrescenta Miguel Mascarenhas.

A Fixando tem mais de seis mil especialistas registados em 800 categorias e recebe cerca de 80 inscrições diárias de profissionais. “O maior concorrente é o facto de as pessoas e as micro e pequenas empresas ainda não saberem tanto que existem estas plataformas com potencial. Nós recebemos cerca de 600-800 pedidos por dia, mas eu acho que esse número pode, facilmente, ser multiplicado por 10”, disse ao JE o CEO.

Miguel Mascarenhas explica que o pedido que alguém faz a um especialista é completamente gratuito. No entanto, esse especialista tem de comprar um pacote de créditos e, depois, utiliza para responder aos pedidos desses potenciais clientes. A posteriori, após envio de orçamento e aprovação, ser-lhe-á feito o pagamento diretamente. A comissão recebida pela app é de oito a 10 euros + IVA.

O CEO da Fixando revelou ainda ao JE a plataforma está a começar a permitir que haja alguns serviços que sejam marcados e pagados pela aplicação. É uma espécie de ad-on para facilitar a própria contratação do especialista, no âmbito de uma parceria com a fintech Eupago. A funcionalidade surgiu após testes beta com cerca de 400 utilizadores (contabilistas, advogados, formadores de línguas, PT…).

No primeiro semestre, os serviços que mais contribuíram para a faturação total da Fixando foram remodelações e construção (7%), pintura (5%) e serviços jurídicos (5%).

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