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FlixBus anuncia expansão em Portugal com abertura do mercado dos ‘expressos’

A decisão foi tomada pela empresa de origem alemã após a aprovação pelo Conselho de Ministros e publicação hoje, em Diário da República, da legislação que promove a abertura do mercado português de ‘Expressos’ à concorrência.
19 Setembro 2019, 07h36

A empresa de origem alemã FlixBus anunciou hoje, dia 18 de setembro, a sua expansão no mercado nacional, na sequência da abertura do mercado de transporte por ‘Expressos’ rodoviários, consagrada na nova legislação hoje publicada em Diário da República.

“Lisboa será o 20º escritório da empresa ,que já tem presença na Europa e Estados Unidos”, assegura um comunicado da empresa, acrescentando que “a FlixBus, o maior operador europeu de transporte rodoviário de longa distância, congratula a aprovação da legislação que promove a abertura do mercado português de transporte ‘Expressos’ à concorrência e inovação, bem como o acesso transparente, equitativo e não discriminatório a ‘interfaces’ e terminais rodoviários de passageiros aprovado pelo Conselho de Ministros e publicada hoje em Diário da República”.

Para Pablo Pastega, diretor geral da FlixBus em Portugal e Espanha, “este é um grande passo que irá revolucionar o setor da mobilidade em Portugal”.

“O acesso livre de todos os operadores ao mercado permitirá aumentar o investimento da FlixBus em Portugal, a nível económico e de recursos, traduzindo-se em crescimento para o país e para as empresas locais parceiras. A abertura do mercado nacional do serviço de transporte ‘Expresso’ é uma decisão muita positiva que permitirá a modernização do ecossistema português de transporte de longa distância – acima de tudo, beneficiará muito positivamente aqueles que são sempre os últimos beneficiários de qualquer sistema de mobilidade: os passageiros”, defende este responsável.

De acrodo com o comunicado da empresa, “a abertura do mercado à concorrência e inovação irá trazer mais opções de transporte para os passageiros portugueses, que poderão assim escolher o tipo de serviço adequado às suas necessidades para viajar”.

“Para o setor dos transportes de longa-distância em Portugal isto traduz-se em mais opções de transporte, mais postos de trabalho, mais viagens, preços mais baixos e menos poluição graças à redução da utilização do carro privado”, assinala o referido comunicado.

Segundo esse mesmo docimento, “atualmente, a FlixBus disponibiliza em Portugal serviços de transporte de norte a sul do país, para cerca de 50 destinos na Europa, promovendo um estilo de viagem mais sustentável e ecológico”.

“Também a garantia da não discriminação e do livre acesso de operadores de autocarro aos terminais rodoviários é da maior importância para a implantação de um sistema de mobilidade mais atrativo”, adianta o comunicado da empresa, acrescentando que  “esta medida possibilitará que todos os passageiros da FlixBus possam utilizar o serviço de transporte de autocarro num terminal rodoviário, onde existam os serviços e infraestruturas adequadas para viajar”.

A nova legislação prevê ainda a realização de cabotagem – serviço de tomada e largada de passageiros dentro do mesmo país, realizado no âmbito e durante um serviço internacional regular – que já era permitida de acordo com a diretiva europeia 1073/2009. Esta é uma medida que a FlixBus também congratula de forma a complementar e otimizar as rotas internacionais regulares que já opera, permitindo que os passageiros tenham mais opções de viajar com mais frequências”, destaca a empresa.

A FlixBus assinala ainda que, “por outro lado, existem também alguns aspetos no decreto-lei que tornam algumas medidas menos atrativas”.

Pablo Pastega comenta o slados mais negativos da nova lei: “Ficámos surpreendidos em relação à falta de requisitos na idade das frotas de autocarros e esperávamos que as autoridades portuguesas fossem mais exigentes no que diz respeito às emissões de gases poluentes”.

“Em média, em outros países europeus, a idade máxima de um autocarro é de oito anos, de forma a assegurar as mais baixas emissões – na FlixBus, todos os autocarros da frota cumprem com a mais exigente norma europeia nesta matéria, a normativa EURO VI e, em Portugal, têm menos de dois anos. Por outro lado, em Portugal, a nova legislação estabeleceu que os autocarros não poderão ter a partir de janeiro de 2023 mais do que 12 anos”, recorda o diretor geral da empresa para a Península Ibérica.

Pablo Pastega apontar ainda “algumas falhas no que diz respeito a questões de segurança, como a falta de uma medida que garanta a obrigatoriedade de dois condutores a bordo em linhas noturnas”.

“Esta é uma das regras que a FlixBus já aplica atualmente em todos os serviços internacionais que opera e que considera fundamental para manter os mais altos níveis de segurança para os passageiros e para a operação. Por fim, destaque para o número de organismos públicos necessários para obter autorizações e licenças – muitos mais em Portugal do que nos referidos países”, lamenta este operador de transporte rodoviário de passageiros.

Segundo o comunicado em questão, “a FlixBus já tem 20 linhas internacionais diretas entre Portugal e o resto da Europa e para em mais de 20 cidades portuguesas, que chegam a cerca de 50 destinos europeus”.

“Todas as ligações são feitas com uma frota de autocarros novos, que seguem as mais altas normas de segurança, conforto e baixas emissões de gases, em concordância com a normativa EURO VI”, garante a FlixBus.

No seguimento da “abertura do mercado português de transporte ‘Expressos’ à concorrência e inovação, a empresa irá aumentar o investimento no mercado nacional, com a abertura de uma filial de direito português, a FlixBus Portugal”.

“Irá também abrir um escritório no país, em Lisboa, que será o 20º escritório da rede FlixBus na Europa e Estados Unidos”, assume a empresa.

Sobre a expansão em Portugal, Pablo Pastega diz que: “estamos atentos ao mercado português e vamos reforçar o nosso investimento no país”.

“Os próximos passos estão definidos: acabámos de abrir uma entidade legal portuguesa e um escritório em Lisboa, com uma equipa portuguesa que está a crescer significativamente, assim como o número de colaboradores que trabalham para o mercado português a nível global. Esta será equipa irá ajudar-nos a crescer e a criar uma rede FlixBus que cubra o território português de Norte e Sul. Por exemplo, iremos investir ao nível de vendas e ‘marketing’, de forma a aumentar o número de pontos de vendas e agências a um nível local e chegar a mais portugueses”, garantem os responsáveis da transportadora.

A FlixBus assume ainda que “estamos também a aumentar o número de empresas parceiras portuguesas com quem trabalhamos, em linha com o nosso modelo de negócio, valorizando a experiência local e mantendo a autonomia destes”.

“Depois, iremos anunciar o nosso plano de expansão para o país, para que mais pessoas possam viajar de forma sustentável connosco: levamos o nosso compromisso climático muito a sério, sendo que todos os nossos autocarros em Portugal têm menos de dois anos e cumprem com a norma EURO VI, a mais exigente a nível de emissões de gases poluentes; temos ‘wi-fi’ gratuito, espaço extra nos assentos e um sistema de entretenimento a bordo”, sublinha a FlixBus.

Presente em Portugal desde 2017, a FlixBus é um operador europeu com um modelo baseado em parcerias com empresas regionais e locais que diz preservar a autonomia destas.

“Estas parcerias são feitas em todos os países em que a FlixBus está presente: em França, a rede doméstica é gerida em colaboração com mais de 70 parceiros. Em Portugal, a empresa pretende crescer bastante e aumentar a rede de parceiros, trabalhando em cooperação estreita com empresas portuguesas de autocarro locais. Isto traduz-se em mais oferta nas opções de transporte, mais postos de trabalho, mais passageiros, preço mais baixos e menos poluição graças à redução da utilização do carro privado”, advoga o referido comunicado.

A FlixMobility é uma jovem operadora de mobilidade que oferece novas alternativas para viagens confortáveis, económicas e ecológicas através das marcas FlixBus e FlixTrain.

“Graças a um modelo de negócios único e tecnologia inovadora, a ‘startup’ desenvolveu rapidamente a maior rede de transportes de autocarro de longa distância da Europa e lançou os primeiros ‘comboios verdes’ de longa distância em 2018. Desde 2013, a FlixMobility mudou a forma de viajar de milhões de pessoas na Europa e criou milhares de novos empregos no setor de mobilidade”, reclama a empresa.

Os responsáveis da transportadora chamam a atenção para o facto de a equipa da FlixMobility ser responsável, de todos os pontos da Europa, pelo desenvolvimento tecnológico, planeamento de rede, controlo de operações, ‘marketing’ e vendas, gestão de qualidade e expansão contínua de produtos.

“O serviço diário regular e a frota verde da FlixBus são operados por parceiros, empresas de autocarros, geralmente PME locais, enquanto a FlixTrain opera em cooperação com companhias ferroviárias privadas. Através destas colaborações, a inovação, o espírito empreendedor e uma forte marca internacional juntam-se à experiência e à qualidade do tradicional. A combinação única de ‘start-up’ tecnológica, plataforma de ‘e-commerce’ e empresa de transporte clássico posicionou a FlixMobility como líder, à frente de grandes corporações internacionais, mudando o panorama da mobilidade europeia”, conclui este comunicado da FlixBus.

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