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FMI aprova revisão do programa na Guiné-Bissau e dá mais 6,5 milhões de dólares

Na análise ao programa em curso na Guiné-Bissau, o FMI afirma que “o desempenho foi misto”, notando que “sete dos nove critérios de desempenho quantitativos e três dos quatro parâmetros estruturais para o final de dezembro de 2024 foram cumpridos”.
1 Julho 2025, 11h08

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje que completou a oitava revisão do programa de ajustamento financeiro na Guiné-Bissau, permitindo o desembolso imediato de 6,5 milhões de dólares, e a consulta anual à economia do país.

“O Conselho Executivo concluiu hoje a consulta ao abrigo do Artigo IV para 2025 e concluiu a oitava revisão ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargada (ECF) para a Guiné-Bissau”, lê-se no comunicado enviado à Lusa, em que se acrescenta que “a conclusão da revisão permite o desembolso imediato de 4,73 milhões de unidades de Direitos Especiais de Saque [cerca de 6,5 milhões de dólares ou 5,5 milhões de euros], elevando o total dos desembolsos ao abrigo do acordo para 35,04 milhões de DSE (cerca de 48,1 milhões de dólares ou mais de 40 milhões de euros)”.

Na análise ao programa em curso na Guiné-Bissau, o FMI afirma que “o desempenho foi misto”, notando que “sete dos nove critérios de desempenho quantitativos e três dos quatro parâmetros estruturais para o final de dezembro de 2024 foram cumpridos”.

Na parte do documento relativa às previsões macroeconómicas, o Fundo diz estimar um crescimento de 5,1% neste país lusófono africano, antevendo também uma inflação de cerca de 2%.

“As autoridades estão empenhadas em alcançar um défice orçamental de 3,4% do PIB em 2025, para colocar a dívida pública numa trajetória descendente firme”, acrescentam ainda os técnicos do FMI, concluindo que “as perspetivas económicas são positivas, mas continuam sujeitas a riscos internos e externos significativos”

Embora o impacto direto das recentes tensões comerciais globais na Guiné-Bissau “seja limitado, a economia continua sujeita a riscos significativos de deterioração, num clima sociopolítico desafiante num ano eleitoral e com limitações na capacitação”, alertam ainda os técnicos do FMI.

O acordo inicial com Bissau foi aprovado pelo Conselho de Administração do FMI em 30 de janeiro de 2023 num montante total de cerca de 37,8 milhões de dólares (mais de 33 milhões de euros) e, em 29 de novembro de 2023, o Conselho de Administração do FMI autorizou um aumento do acesso de 40% da quota.

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