A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse esta quinta-feira (19), que o Brasil voltou a crescer, mas ainda é preciso avançar nas reformas econômicas. Segundo Lagarde, o crescimento “é consequência provável de algumas das reformas-chave que foram levadas adiante, mas não todas ainda, ainda há mais por vir”.
Para a representante do FMI, dado o ónus da dívida no país, “é tempo de fazer uma consolidação fiscal inteligente, gradual ao longo do tempo, e que ao mesmo continue a encorajar o processo de crescimento que está a acontecer no Brasil”.
Christine Lagarde também afirmou, ao comentar as reformas fiscais no Brasil, que o equilíbrio entre os incentivos ao crescimento e a responsabilidade fiscal é um “exercício subtil” para os ministros das Finanças responsáveis pela tutela. “Eles têm que construir amortecedores e preparar-se para o que quer que seja (uma possível) próxima queda, mas ao mesmo tempo não devem colocar um travão no avanço do crescimento, este é o sentido da nossa recomendação”, afirmou.
A diretora comentou ainda sobre a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e disse que o maior perigo desta tensão é a ameaça de diminuir o nível de confiança das nações e consequentemente os investimentos, o que deve ter um impacto sobre os países.
Projeção de alta
Na terça-feira, o FMI subiu a projeção de crescimento do Brasil para 2,3% em 2018 e 2,5% em 2019. As projeções representam 0,4 pontos percentuais a mais do que as do último relatório que havia sido publicado em janeiro. Segundo o fundo, os números foram impulsionados pelo aumento do investimento e do consumo privado no país. No relatório “Panorama da Economia Mundial”, a instituição recomenda que o Brasil avance com a Reforma da Previdência.
Ainda ontem, o Fundo Monetário disse que o Brasil só deverá alcançar superávit primário daqui a quatro anos, em 2022. A estimativa feita em outubro passado era a de que o equilíbrio nas contas seria alcançado em 2021.
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