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FNAM acusa Governo de ilegalidade nos contratos de trabalho

Em causa estão as trocas de contratos de trabalho em funções públicas por contratos individuais aos médicos de família.
16 Janeiro 2024, 09h03

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou esta terça-feira o Ministério da Saúde de promover ilegalidade nos contratos de trabalho, através de comunicado.

A FNAM revela que na base desta acusação está o mais recente concurso de recrutamento da carreira especial médica de medicina geral familiar (MGF) para contrato de trabalho em funções públicas (CTFP) nas Administração Regional de Saúde (ARS)/Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) e da carreira médica de MGF em contrato individual de trabalho (CIT) nas Unidades Locais de Saúde (ULS).

“De acordo com o Aviso de Abertura n.º 23949-A/2023, de 11 de dezembro de 2023, os médicos que escolheram vaga nos ACES/ARS, deveriam integrar a carreira especial médica por via de um CTFP, mas estão no seu invés a ser chamados para assinarem um CIT com as ULS que nasceram, entretanto, no dia 1 de janeiro, e que abrangeram os respectivos ACES, o que é uma ilegalidade”, pode ler-se no comunicado.

Como tal, a FNAM salienta que estes médicos não podem deixar de celebrar, um CTFP e não um CIT, como lhes está a ser apresentado agora, não só porque é isso que consta do Aviso de Abertura, como o próprio DL n.º 102/2023, que criou as novas ULSs, deixa claro que se “mantêm válidos os procedimentos concursais, períodos experimentais, estágios curriculares, profissionais ou equiparados e cursos de especialização que se encontrem a decorrer à data da entrada em vigor do presente decreto-lei”.

Para a entidade este tipo de atitudes demonstra, uma vez mais, “a má-fé” por parte do Governo que mantém 1.7 milhões de utentes sem médico de família, afugentando-os ainda mais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Neste último concurso foram abertas apenas 924 vagas, inicialmente foram escolhidas 143 (15%) vagas”, refere a FNAM, acrescentando que destas houve 20% de desistências, tendo sido apenas colocados 114 médicos, dos quais quatro para o Algarve e 24 para Lisboa e Vale do Tejo.

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