Os dados são a força motriz que sustenta a Quarta Revolução Industrial, ou também designada como Indústria 4.0, e o surgimento de novos modelos de negócios. Nos serviços de saúde dever-se-á utilizar os dados de forma progressiva, levando a intervenções mais proativas e personalizadas, e a uma mudança para a prevenção em vez do tratamento.
Há cinco tendências que estão a liderar o surgimento de uma nova abordagem para os serviços de saúde, a qual é centrada em dados. A capacidade de uma organização gerar valor depende da eficiência com que consegue libertar o poder dos dados e gerar insights conectando, combinando e partilhando de forma segura esses dados a um nível muito mais elevado.
1. Os dados tenderão a estar mais conectados, combinados e compartilhados em todo o ecossistema de saúde. Estes encontram-se dispersos por múltiplas organizações e só pela partilha será possível tirar o maior partido de tal informação.
2. Nanomedicina, sensores e inteligência artificial serão reconhecidos como o sistema nervoso, impulsionando a inovação, uma vez que permitem o processamento de informação massiva e em tempo real.
3. Um “backbone digital” irá surgir na indústria … mas quem será o dono? Por forma a evitar perderem valor no futuro, as entidades do setor da saúde devem ponderar sobre como os seus produtos e serviços alinharão com as infraestruturas emergentes.
4. O paciente-consumidor exigirá aumento de poder e influência sobre outros stakeholders. A pesquisa “Future of Health Survey 2018” da EY sugere que os consumidores esperam cada vez mais uma interação modernizada entre médico e paciente, e que se sentem progressivamente mais confortáveis com o uso da tecnologia digital na saúde.
5. O foco terapêutico e a adoção de modelos de negócios especializados irão possibilitar às empresas que se posicionem de modo a se se superarem. Os modelos de negócio são o ponto de partida para se identificarem os produtos, os serviços e o potencial a priorizar.
Se é certo que o sistema de saúde português precisa com urgência de investimentos em diversas áreas, uma delas é sem dúvida nos sistemas de informação, de forma transversal a todo o SNS.