Foram criadas mais de 18 mil empresas até final de abril. Insolvências aumentam 13%

Desde janeiro até abril foram criadas 18.733 empresas em Portugal, o que significa um crescimento de 6% (+1.051 constituições) do que em igual período do ano passado. Um crescimento no total dos primeiros quatro meses de 2023, que é contrariado pelos números de metade dos sectores de atividade. De resto o crescimento registado nas insolvências foi bastante superior, próximo de 13%.

De acordo com uma análise da Informa D&B, entre os vários sectores, o dos serviços empresariais foi o único com mais de três mil novas empresas no primeiro quadrimestre, já que se registaram 3.051 constituições.

No que diz respeito à variação entre os números registados no período em análise, face ao observado um ano antes, destaca-se o sector dos transportes, com um crescimento na ordem de 107%, para 2.334 empresas (mais 1.205 do que no período homólogo).

Neste âmbito, os números são particularmente positivos no que diz respeito à categoria de “transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros” (é o caso das empresas TVDE). Desde o início do ano, foram criadas 1.936 para operar nesta atividade (mais 1.189 do que em 2022), o que corresponde a mais de 10% de todas as empresas que foram constituídas entre 1 de janeiro e 30 de abril.

Também registaram crescimentos os sectores alojamento e restauração (+171 constituições; +10%), serviços gerais (+140 constituições; +6%) e construção (+105 constituições; +5%).

Por outro lado, observaram-se baixas nas atividades imobiliárias (-272 constituições; -14%), indústrias (-107 constituições; -13%), agricultura e outros recursos naturais (-104 constituições; -16%) e tecnologias da informação e comunicação (-58 constituições; -5%).

Encerramentos e insolvências 

Naquele período encerraram 3.742 empresas, uma redução de 13% (-565 encerramentos) face aos primeiros registos do ano precedente. Ainda assim, numa análise aos últimos 12 meses, registaram-se subidas homólogas nos setores de alojamento e restauração, atividades imobiliárias, tecnologias da informação e comunicação, transportes e energias e ambiente.

Registaram-se ainda 626 empresas a darem início ao processo de insolvência, o que corresponde a um aumento de quase 13% (+71 casos) face ao mesmo período de 2022.