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Fórum da Competitividade: Com o atual nível de emprego o PIB devia crescer 4% a 5%

Quais são as consequências negativas do baixo crescimento do PIB? É mais difícil criar emprego, os salários cescem menos, as empresas não podem oferecer uma carreira aliciante, a sustentabilidade da segurança social fica comprometida e a dívida pública fica mais alta, expõe o Fórum para a Competitividade.
11 Setembro 2018, 14h24

Num almoço organizado pelo Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa, o economista Pedro Braz Teixeira defendeu que Portugal já entrou na taxa natural de desemprego, que é de 6% a 7%. “Estamos a entrar na fase da taxa natural de desemprego e por isso está a reduzir-se a margem para crescer acima da tendência”, diz Braz Teixeira.

“Com o mesmo crescimento de emprego, nós podíamos estar a crescer 4% a 5%, se tivéssemos crescimento da produtividade”, defende  Fórum.

Portugal teve o quarto pior crescimento da produtividade, entre 2000 e 2017, ficando abaixo da média da União Europeia. O Fórum cita o caso da Lituânia como exemplo a seguir, pois ultrapassa o nível de rendimento de Portugal e mesmo assim conseguiu um crescimento económico de 4,2%.

A organização liderada por Ferraz da Costa considera ainda que as previsões do Governo para o crescimento do PIB são demasiado otimistas, uma vez que a produtividade do país é baixa.

Portugal cresceu nos últimos 17 anos (2000 e 2017) 12,9%, sendo que Portugal cresceu em termos de média anual de 0,7%.

“Estamos a divergir quando devíamos estar a convergir”, refere o Fórum que adianta que “crescer pouco tem consequências gravíssimas”. Sendo que há mais de 35 anos que Portugal recebe fundos para convergir com o nível de vida da média da União Europeia.

“As soluções para crescer não têm nenhum mistério”, diz Pedro Braz Teixeira que defendeu a atração das empresas estrangeiras.

“Temos um problema de falta de poupança e que pode ser compensado com investimento estrangeiro, para aumentar a produtividade”.

Quais são as consequências negativas do baixo crescimento do PIB? É mais difícil criar emprego, os salários cescem menos, as empresas não podem oferecer uma carreira aliciante, a sustentabilidade da segurança social fica comprometida e a dívida pública fica mais alta, expõe o Fórum para a Competitividade.

“A principal razão porque temos impostos mais altos do que em Espanha encontra-se no nosso baixo crescimento”, alerta o Fórum.

No almoço estavam presentes, Pedro Ferraz da Costa, Pedro Braz Teixeira, Jaime Lacerda, Jaime Esteves da PwC, João Salgueiro e Nuno Fernandes Thomaz.

(Em atualização)

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