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França aprova taxa polémica de 3% para tecnológicas norte-americanas. Macron entra na ‘guerra comercial’

Qualquer empresa que ger e750 milhões de euros em receitas globais vai ser obrigada a pagar uma taxa de 3%. As empresas Google, Facebook e Amazon vão ser os principais alvos.
11 Julho 2019, 17h20

Tal como se previa, o Governo francês aprovou esta quinta-feira uma nova taxa dirigida a empresas tecnológicas, numa taxação que parece direcionar-se para ‘gigantes’ como a Google, Facebook e Amazon. Como vai refletir-se o imposto aprovado pelo executivo francês? Qualquer empresa de tecnologia que gere 750 milhões de euros em receitas globais e mais de 25 milhões de euros em receitas em território francês vão ser submetidas a uma taxa anual de 3% das receitas geradas.

Os Estados Unidos mostram-se intrigados com um plano francês que poderá passar para um aumento das taxas nas grandes empresas tecnológicas, segundo conta a “BBC”, esta quinta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu ordens para a abertura de uma investigação sobre o imposto planeado pela França para os gigantes da tecnologia, uma medida que pode resultar numa retaliação ao nível das tarifas.

Um representante da área comercial norte-americana afirmou que os Estados Unidos estão “muito preocupados” com o facto deste imposto “atingir as empresas americanas de maneira injusta”. Por sua vez, a França argumenta que essas empresas exploram atualmente as lacunas fiscais globais.

O inquérito norte-americano poderá abrir caminho para tarifas punitivas, que Donald Trump impôs em várias ocasiões desde que assumiu o cargo. As investigações anteriores lançadas por Washington cobriram as práticas comerciais da União Europeia e da China.

A última consulta foi bem recebida pelo presidente do Comité de Finanças do Senado republicano, Chuck Grassley, e pelo senador Ron Wyden, democrata sénior do painel.

“O imposto sobre os serviços digitais que a França e outros países europeus estão a adotar é claramente protecionista e tem injustamente como alvo empresas americanas de uma maneira que vai custar vários empregos nos Estados Unidos e prejudicar os trabalhadores americanos”, disseram ambos num comunicado conjunto.

 

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