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França: impasse “limita políticas mais radicais” e garante “alívio para os investidores”

A gestora de ativos Schroders destaca que “um parlamento suspenso deve limitar as ambições das políticas mais radicais que estão a ser propostas” já que um Governo francês “menos austero poderia minar o procedimento por défice excessivo da UE, capacitando outros Governos a infringir as regras fiscais.
Lionel Bonaventure/REUTERS
9 Julho 2024, 11h01

O impasse político em que a França “mergulhou” este domingo com o desfecho das eleições legislativas a determinar uma indefinição ao nível da próxima governação do Executivo gaulês pode ser um cenário positivo e até de algum alívio para os investidores, de acordo com análise da gestora de ativos Schroders, conhecida esta terça-feira.

A coligação de esquerda Nova Frente Popular foi a força que conseguiu o maior número de lugares na Assembleia Nacional Francesa, mas sem maioria absoluta, após a segunda volta das eleições legislativas antecipadas, realizada no domingo.

A coligação centrista que inclui o partido Renascimento do Presidente francês, Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar, enquanto a União Nacional, de extrema-direita, ficou em terceiro lugar.

Perante o impasse que determina a suspensão dos trabalhos no parlamento francês, a Schroders considera que esse cenário determina a “paralisia fiscal” que “dadas as preocupações orçamentais, é a mais favorável ao mercado, pelo menos até às negociações orçamentais no outono de 2024”.

Perspectivando a solução política que pode estar a ser preparada, a gestora de ativos considera que os investidores “temem que um Governo anticapitalista de esquerda possa impedir algumas das maiores empresas francesas”.

Por isso, a Schroders destaca que “um parlamento suspenso deve limitar as ambições das políticas mais radicais que estão a ser propostas” já que um Governo francês “menos austero poderia minar o procedimento por défice excessivo da UE, capacitando outros Governos a infringir as regras fiscais do bloco”.

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