O unicórnio francês Back Market, que vende equipamentos tecnológicos recondicionados, fechou uma ronda de investimento série E, no valor de 510 milhões de dólares (cerca de 449 milhões de euros) e aumentou a avaliação para 5,1 mil milhões de euros. A empresa de Paris, que investiu em Portugal no ano passado, tornou-se a startup mais valorizada do sector tecnológico gaulês e pretende consolidar o negócio na Europa e noutros continentes.
O novo financiamento foi liderado pelas sociedades britânicas Sprints Capital e Generation Investment Management, pelas francesas Eurazeo e Aglaé Ventures e pela norte-americana General Atlantic, contando ainda com os investidores atuais. Com o capital, a empresa quer escalar o mercados dos aparelhos tecnológicos (iPhones, tablets da Samsung, portáteis da HP…) que foram utilizados ou expostos em loja e são vendidos a preços mais baixos e com garantia de dois anos.
“O nosso objetivo é fazer dos aparelhos eletrónicos recondicionados a primeira escolha para as compras de tecnologia. Esperamos assistir ao mesmo desenvolvimento, neste mercado, do que aquele a que assistimos no mercado de automóveis em segunda mão, onde as vendas destes veículos aumentaram em comparação com as vendas de automóveis novos”, afirma o cofundador e CEO do Back Market, Thibaud Hug de Larauze, em comunicado, divulgado depois de o “Wall Street Journal” avançar a notícia.
O objetivo é tornar a tecnologia circular dominante na hora de fazer compras, até porque a taxa média de defeitos na sua plataforma desceu para 4% e aproxima-se da percentagem dos novos (3%). Além disso, os empreendedores franceses acreditam que o prolongamento da vida útil dos smartphones e de outros aparelhos eletrónicos pode ter um impacto significativo no combate às alterações climáticas porque, de acordo com os dados das consultoras Kantar e The Shift Project, um em cada cinco consumidores adotou hábitos mais sustentáveis desde o início da pandemia e 90% da pegada de carbono de um dispositivo eletrónico provém do seu processo de fabrico.
O CEO da empresa diz que os clientes são “imediatamente direcionados para os vendedores com melhor desempenho no nosso mercado, para qualquer dispositivo específico que procurem”. “A qualidade dos vendedores é monitorizada através de mais de 20 métricas”, revelou Thibaud Hug de Larauze.
A Back Market – que diz “brand new, no thank you” – tem mais de seis milhões de clientes em todo o mundo e está presente em 13 países, entre os quais a Alemanha, onde vai investir 60 milhões de euros para operações e pretende triplicar o tamanho da equipa.
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