Fronteiras entre Portugal e Espanha com restrições a partir das 23 horas de hoje

As fronteiras de Portugal e Espanha vão passar a ter restrições na circulação de pessoas a partir das 23 horas desta segunda-feira. A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Guardia Civil vão impedir a passagem de turistas, ou visitantes em lazer, entre os dois países.

“Todas as deslocações que não sejam de mercadorias ou de trabalho estão impedidas a partir desta noite”, disse Eduardo Cabrita esta segunda-feira. “Estão impedidas todas as circulações turísticas ou de lazer entre os dois países”. Já os trabalhadores que trabalham do outro lado da fronteira, em qualquer um dos países, têm autorização de passar entre os dois países.

“Apenas será autorizada a circulação de veículos de mercadorias, de cidadãos nacionais ou de residentes em Portugal no sentido Espanha-Portugal, tal como cidadãos espanhóis ou residentes em Espanha no sentido contrário, pessoal diplomático, casos de reunião familiar nas zonas fronteiriças, acesso a cuidados de saúde onde está protocolado que o serviço de saúde é prestado no outro lado da fronteira, ou a saída de estrangeiros que residam noutros países da União Europeia”, afirmou o ministro.

Eduardo Cabrita também anunciou a suspensão dos voos entre os dois países: “Está igualmente suspenso o tráfego aéreo entre os dois países a partir do final do dia de hoje. A partir de hoje, não teremos voos entre os aeroportos nacionais e espanhóis”.

Paralelamente, “está igualmente suspensa a ligação ferroviária e duas ligações fluviais regulares que existem, uma no Minho, outra no Algarve”.

Portugal e Espanha vão limitar as suas fronteiras a nove pontos de passagem entre os dois países a partir desta segunda-feira:

• Valença/Tui;
• Vila Verde de Raia (Chaves)/Verín;
• Quintanilha (Bragança)/San Vitero;
• Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro;
  Monfortinho;
• Marvão/Valência de Alcântara;
• Caia/Badajoz;
• Vila Verde de Ficalho/Rosal de La Frontera;
• Castro Marim/Ayamonte.

Os países da União Europeia decidiram hoje que os estados-membros devem ter o direito de introduzir “mecanismos de controlo” que “não devem ser discriminatórios”. Assim, este controlo “não deve por em causa o regresso de cidadãos portugueses, nem impedir o regresso de cidadãos estrangeiros aos seus países de origem”, afirmou o ministro numa conferência de imprensa que teve lugar da parte da manhã.