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Fundadores da Raize mantêm controlo da empresa após IPO

Os três administradores da ‘fintech’ portuguesa controlam, em conjunto, 51,04% do capital. Antes da oferta pública inicial, já tinham anunciado pretender manter uma posição maioritária.
24 Julho 2018, 17h35

Os três fundadores da Raize mantêm, em conjunto, mais de 50% do capital social da Raize, após a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), que terminou no início do mês, segundo comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A operação avaliou a fintech em 10 milhões de euros e levou à entrada em bolsa, na passada quarta-feira.

A IPO consistiu na oferta de 15% do capital social, equivalente a 750 mil ações com preço único de dois euros por título. Após a operação, tanto Afonso Fuzeta da Eça como José Maria Rego mantêm-se como principais acionistas, com 24,31% do capital, cada um.

O terceiro co-fundador da fintech, António Marques, detém 2,42% da Raize. Em conjunto, os três administradores controlam, assim, 51,04% da empresa.

A procura por ações da Raize foi de 369%, ou seja, 3,7 vezes superior à oferta. A oferta foi subscrita por 1.419 investidores num valor total de 5,5 milhões de euros. Devido à forte procura, o processo de rateio assegurou que todos os investidores de retalho receberam pelo menos 500 ações da empresa.

Foram 16 os bancos que receberam ordens de compra. Cada ação foi vendida a um preço fixo de dois euros. O número médio de ações atribuídas foi de 529.

Em termos de investidores institucionais, a OPV contou com a participação da SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, do investidor Ilídio Pinho/IP-Holding (fundador do Banco BIG, do BCP e de outras sociedades financeiras de referência) e do investidor António Aguiar Moreira, antigo responsável pela Base Holding SGPS, que foi vendida à Unilabs em 2017.

Além dos três gestores, a Potus é dona de 8%, a Partac SGPS de 4%, Manuel Abreu de 5%, a Simum SGPS de 4%, a Ciclocerto de 3%, a Parinama Capital 3% e Pedro Gouveia Palos 3%. A restante estrutura acionista é composta por investidores sem posição qualificada, ou seja, detentores de menos de 2% do capital.

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