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Fundo de Resolução e Estado só conseguem vender no conjunto 7,5% do Novobanco num IPO

A baixa participação vendável no IPO não incentiva as entidades públicas a acompanharem o IPO do Novobanco que o jornal online PT50 revelou esta quinta-feira que será na Bolsa de Lisboa.
14 Fevereiro 2025, 08h53

O Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), se acompanharem a Oferta Pública Inicial (IPO) do Novobanco, promovida pelo maior acionista Lone Star, só conseguem vender no conjunto 7,5% do Novobanco (4,06% o Fundo de Resolução e 3,44% a Direção do Tesouro). Isto no cenário de um IPO de 30% do Novobanco (o intervalo mais alto da estimativa que oscila entre 20% a 30%).

Mas, nem o Fundo de Resolução nem a DGTF são obrigados a acompanhar o IPO, no âmbito do acordo, assinado em dezembro, de antecipação do fim do Mecanismo de Capitalização Contingente (CCA).Por isso, se não venderem no IPO, a Lone Star avança sozinha e reduz a atual participação de 75%.

O Fundo de Resolução e o Ministério das Finanças vão contar com a avaliação que o assessor financeiro (que será entretanto contratado pela entidade liderada por Luís Máximo dos Santos) apresentar. Mas à primeira vista a redução da participação das entidades públicas no IPO é pouco significativa e a tendência, quer do Fundo de Resolução, quer do Estado, é tentarem maximizar o valor da posição conjunta de 25%, o que quer dizer que a venda direta em bloco dessa participação pode ser melhor opção. Até porque num IPO (Oferta Pública Inicial) a venda é sempre feita “a desconto” e sinergias de escala só se conseguem com fusões e aquisições.

No acordo de antecipação do CCA a Direção-Geral do Tesouro e Finanças foi incluída nos mecanismos de tag-along e drag-along, previstos no Acordo Parassocial celebrado entre o Fundo de Resolução e a Nani Holdings (Lone Star), em 2017, quando o Fundo tinha 25%. Mas ficou estipulado no acordo de dezembro do ano passado, que se a opção da Lone Star for um IPO (dispersão inicial em bolsa) o Estado não é obrigado a colocar as suas ações no mercado – não se aplicando neste caso a cláusula de drag-along.

Numa mensagem aos colaboradores, o CEO do Novobanco, Mark Bourke, disse que “embora este seja um passo importante, o timing efetivo do IPO está ainda dependente das condições do mercado. Se as condições forem favoráveis, as janelas de mercado prováveis são o final do segundo trimestre ou o final do terceiro trimestre deste ano”.

O jornal online PT50 revelou que Novobanco vai ser cotado na Bolsa de Lisboa, citando fonte próxima ao processo.

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