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Furacão Leslie: o que esperar e como se proteger

Belo Costa, comandante da Autoridade de Proteção Civil, disse esta tarde aos jornalistas que “o melhor é não sair de casa”.
13 Outubro 2018, 18h00

O furacão Leslie está a aproximar-se de Portugal e será, ao que tudo indica, o mais forte a atingir o país desde 1842. O furacão passou pela ilha da Madeira, na passada sexta-feira, dia 12 de outubro, sem ter causado grandes danos embora, nesta tarde, tenham sido resgatadas quatro pessoas do mar. A região central do país será a mais afetada.

No entanto, e uma vez que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que as rajadas de vento desta depressão pós tropical, que vai atingir Portugal continual a partir das 18 horas, ascendam aos 120 km/hora, ou mais, todo o cuidado é pouco. O IPMA recomenda que se afaste das zonas costeiras e que proteja pessoas e bens.  Belo Costa,  comandante da Autoridade de Proteção Civil, aconselha que durante o período crítico do furacão se evite sair de casa e evitar o trânsito em zonas costeiras. A SIC Notícias indicava que as autoridades competentes estavam a estudar a hipótese de fechar a ponte 25 de abril ao trânsito.

O período crítico vai ocorrer entre as 23 horas de sábado e as 4 horas da madrugada de domingo, dia 14 de outubro.

No seu site, o IPMA indicou alguns efeitos expectáveis do furacão Leslie. Devido às fortes rajadas de vento, evite estar perto de estruturas montadas ou suspensas, como prédios onde se estão a realizar obras. Evite também deixar o seu carro junto a estas estruturas, como andaimes, ou perto de árvores. São ainda esperadas dificuldades de drenagem da água na rua, devido ao aumento da precipitação da chuva.

Caso esteja a conduzir durante o pique da tempestade, tenha cuidado com os lençóis de água na estrada, que podem originar aqua-planning, perdendo a aderência e o consequente controlo do seu veículo.

O IPMA destacou ainda as seguintes medidas preventivas:

  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

Treze dos 18 distritos vão estar sob alerta vermelho: Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Castelo Branco, Viseu e Guarda e Santarém. A população deve ficar ainda atenta aos avisos difundidos pelas autoridades e para o que for sendo noticiado na comunicação social.

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