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Furto de armas na PSP. Sobe para nove o número de detidos

“Operação Ferrocianeto” levou a 19 buscas em vários concelhos do país, tendo já resultado em nove detenções, das quais sete relacionadas com o inquérito relacionado com o furto de 57 pistolas ‘Glock’ das instalações na sede da Polícia de Segurança Pública.
19 Dezembro 2018, 13h07

A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que foram efetuadas nove detenções no âmbito da ação policial baptizada com o nome “Operação Ferrocianeto”, que visa deter suspeitos do assalto à Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), em Lisboa, em janeiro de 2017. Sete estão relacionados com o inquérito relacionado com o furto de 57 pistolas ‘Glock‘ das instalações na sede da PSP.

“No decurso das diligências foram efetuadas nove detenções: sete detidos relacionados com o presente inquérito (três em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público e quatro em flagrante delito); outros dois detidos não relacionados com o presente inquérito, por posse de objetos proibidos”, revela a PGR, em comunicado.

A PGR não especifica se entre os detidos estão agentes da polícia, mas, segundo o jornal “Público”, estarão dois agentes da PSP. A mesma entidade da justiça acrescenta ainda que, no âmbito do inquérito que investiga o furto de pistolas da Direção Nacional da PSP ocorrido em janeiro de 2017 (processo que é tutelado pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e coadjuvado pela PSP), realizaram-se 15 buscas domiciliárias e quatro buscas não domiciliárias, em vários concelhos do país.

A PSP já tinha dado conta,  esta manhã, das buscas em vários pontos do país: Vila Nova de Gaia, Gondomar, Mafra, Abrantes, Alvaiázere, Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa, Almada e Albufeira. A “Operação Ferrocianeto” foi desencadeada, segundo a PSP, no âmbito do inquérito, dirigido pelo DCIAP, que está a cargo da Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa, sendo apoiada pela Unidade Especial de Polícia, Comando Metropolitano do Porto e Comando Distrital de Faro.

Além das detenções, acrescenta a PGR, foram ainda apreendidas diversas armas, munições, material informático e equipamento de telecomunicações. “Continuam a decorrer as diligências de recolha de prova no inquérito em apreço”, conclui o comunicado, realçando que o inquérito encontra-se em segredo de justiça.

Foi em janeiro de 2017 que foi detetado o furto de 57 pistolas ‘Glock‘ das instalações na sede da PSP, depois de uma das armas ser apreendida a um traficante de droga. Em outubro, o ministro da Administração Interna informou que oito das 57 armas furtadas haviam sido recuperada, três delas em Andaluzia e uma em Ceuta. Outras quatro foram recuperadas em Portugal.

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