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Future Healthcare aposta no mercado lusófono e de leste

O grupo português especializado em planos e seguros de saúde definiu 2017 como o ano da internacionalização. O objetivo para este ano é que os resultados cresçam entre 15% e 20%.
10 Março 2017, 06h43

O grupo português Future Healthcare vai apostar em 2017 na internacionalização e já definiu os primeiros mercados de entrada: países africanos lusófonos e de leste.
“Temos um grande desígnio este ano que é poder internacionalizar não só para os países lusófonos mas também para outras áreas que consideramos que têm potencial”, afirmou José Pina, CEO do grupo Future Healthcare, em entrevista ao Jornal Económico.

Em África, o objetivo é entrar em Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Guiné, “sempre com parceiros locais”. Angola e Moçambique serão as primeiras apostas. “Em Angola já começou a comercialização um pouco em piloto”, acrescentou.
Quanto à Europa de leste os países nos quais vão apostar são a Polónia, Roménia, Hungria, República Checa e Eslováquia.
O elevado enorme potencial de crescimento é o grande motivo de aposta no mercado de leste. “Quando olhamos para o panorama dos serviços de saúde, a saúde privada ainda está muito aquém do seu potencial. Há construção de novos hospitais, há privatização de novos hospitais. A penetração de seguros de saúde é muito insipiente. Faz mais sentido atuar nesses mercados do que noutros mais maduros. Estamos a fazer prospeção e a ideia é entrar em pelo menos um em 2017”, adiantou José Pina.

Questionado sobre qual dos mercados será a primeira aposta, o CEO da Future Healthcare respondeu que “gostaria muito que a Polónia ou a Roménia fossem um dos primeiros. É aí que estamos a concentrar os nossos esforço”.

Relativamente a números, José Pina avalia positivamente a evolução da empresa. “2016 foi um ano de forte crescimento. Crescemos cerca de 16% em proveitos. Em termos de resultados também foi um ano positivo. Consolidámos a posição financeira que tínhamos. Para o nosso volume de negócios foi um resultado consolidado na casa dos 600/700 mil euros. Temos cerca de 10 milhões de volume de faturação”, explicou.

Olhando para este ano, José Pina afirma que o grupo tem “um plano para crescer 10% este ano em proveitos. Em resultados gostaríamos de crescer na casa dos 15% a 20%”.
Os planos de saúde representam cerca de 70% do negócio do grupo Future Healthcare, enquanto os seguros dizem respeito aos restantes 30%. Embora também tenham crédito para saúde, este é um segmento ainda com “um peso muito residual”, adiantou o CEO.

Em termos de canais de distribuição, se por um lado os seguros de saúde ainda funcionam muito através “do canal de mediação”, nos planos de saúde a parceria com uma instituição financeira assume o maior peso no negócio do grupo. “O nosso maior canal de distribuição é através de uma parceria que temos com o Santander. Trabalhamos também com a companhia de seguros Vitória, numa perspetiva de gestão da sua carteira de seguros”.
O grupo Future Healthcare é uma empresa 100% de capital português, que detém uma rede médica convencionada, com cerca de 29 mil prestadores, com representatividade em Portugal e Espanha e tem mais de 300 mil clientes sob gestão.

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