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Gabriel Couto constrói aeródromo de 40 milhões em Moçambique

Projeto está orçado em 40 milhões de euros e faz parte de um investimento global da petrolífera norte-americana Anadarko naquele país africano que rondará os 2,2 mil milhões.
  • Maputo, Moçambique
6 Novembro 2018, 19h05

O grupo Gabriel Couto foi selecionado para construir um Aeródromo em Moçambique como parte do plano da Anadarko (empresa petrolífera norte-americana) Moçambique Área 1 (AMA1) para desenvolver um parque industrial para o processamento de gás natural liquefeito (LNG) na península de Afungi (distrito de Palma, província de Cabo Delgado), refere a empresa portuguesa em comunicado.

O projeto assinado tem o valor de cerca de 40 milhões de euros, segundo a homepage da Gabriel Couto, ao mesmo tempo que o investimento global da AMA1 para a construção da fábrica de LNG é da ordem dos 2,19 mil milhões de euros, adianta a delegação moçambicana da agência Lusa.

A construção deste aeródromo em Moçambique está localizada perto da cidade de Palma, província de Cabo Delgado, e apoiará os desenvolvimentos dos projetos de LNG de Moçambique (Área 1) e LNG do Rovuma (Área 4).

O contrato celebrado entre a Gabriel Couto e a AMA1 compreende a conceção e construção de uma pista para operar aeronaves até ao Boeing 737, e incluirá uma pista de 2.300 metro de comprimento, além da construção de um terminal para 150 passageiros e outros edifícios de apoio à pista de aterragem. Esta infraestrutura também será dotada de todo o equipamento de navegação aérea correspondente.

O prazo total do projeto é de 21 meses, englobando duas fases diferentes. A primeira fase contemplará a construção de uma pista de 1.600 metros de extensão, dimensionada para operar uma aeronave Embraer ERJ-145, uma área de estacionamento para quatro aeronaves e um helicóptero, além da construção do terminal de passageiros, vias de acesso e estacionamento. A segunda fase incluirá a extensão da pista até 2.300 metros.

O contrato inclui também todo o fornecimento de equipamentos de navegação, escadas de acesso às aeronaves, atrelados de apoio e equipamentos de transporte de bagagem.

“Trata-se da primeira empreitada da Gabriel Couto no âmbito do sector do Oil & Gas, sector da Engenharia reconhecido como dos mais exigentes do ponto de vista de padrões de segurança e qualidade. É um contrato em modelo EPC (Engineering, Procurement & Construction), onde a Gabriel Couto desenvolveu todo o modelo e conceção do projeto até à sua operação, incluindo o seu faseamento para que no curto prazo comecem a aterrar aviões em Afungi, Palma”, refere Tiago Couto, diretor da construtora, citado pelo comunicado.

“No mercado internacional, continuamos muito focados nos mercados onde a empresa já se estabeleceu, nomeadamente na América Central, e em especial nas Honduras, em que o projeto em curso (de valor aproximadamente de 80 milhões de euros) está a atingir a velocidade de cruzeiro, bem como em África, particularmente na Zâmbia, e agora em Moçambique onde reforçamos a nossa posição”, salienta por seu turno Carlos Couto, CEO da construtora, Sediada em Famalicão, prevê para este ano um volume de negócios global a rondar os 125 milhões de euros, dos quais 55 milhões em Portugal.

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