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Galp fecha acordo com franceses na Namíbia

Companhia portuguesa fica com participações em outras duas áreas e vê Total a cobrir metade dos seus custos de investimento na Namíbia.
9 Dezembro 2025, 09h01

A Galp anunciou hoje que chegou a acordo com a TotalEnergies na Namíbia. Os franceses ficam com 40% da área Pel 83, com a Galp a manter uma fatia de 40%.

A companhia lusa fica com participações de 10% na PEL 56, onde fica Venus, e na PEL 91 com 9,4%.

Os franceses ficam responsáveis por operar a PEL 83 e vão cobrir metade dos custos de investimento da Galp para exploração, avaliação e desenvolvimento do campo Mopane.

A campanha de exploração e avaliação na PEL 83, será lançada nos próximos dois anos, com pelo menos 3 poços.

O acordo está sujeito à aprovação do Governo da Namíbia, das entidades reguladoras e dos parceiros, esperando que seja finalizado durante o ano de 2026.

“Após os notáveis esforços exploratórios da Galp na Namíbia, liderando a PEL 83 com uma participação de 80%, estamos felizes por estabelecer uma parceria com a TotalEnergies, uma operadora altamente experiente em águas ultraprofundas, e reduzir significativamente os riscos do Mopane, alinhando um caminho concreto para o futuro do ativo”, disse hoje Paula Amorim, Presidente do Conselho de Administração da Galp.

“Expandimos a nossa presença na prolífica bacia Orange da Namíbia, reforçando o nosso compromisso com o desenvolvimento da indústria petrolífera e de gás do país, ao mesmo tempo que fortalecemos o nosso portfólio de upstream com projetos de elevado potencial, como o Venus, que irá apoiar ainda mais o perfil de crescimento contínuo da Galp”, acrescentou.

A UBS previu em outubro que o negócio possa ser fechado por 200 milhões de euros iniciais, mais 3 mil milhões em custos de projeto cobertos pelo comprador.

A bacia de Orange ao largo da Namíbia é uma das zonas de fronteira mais recentes e que tem vindo a atrair mais atenção nos últimos tempos.

A Galp revelou anteriormente que a área de Mopane pode contar com 10 mil milhões de barris equivalentes de petróleo. A concretizar-se, pode vir a ser uma das maiores descobertas mundiais de petróleo na última década.
A Total está a negociar com as autoridades da Namíbia o desenvolvimento da área de Vénus, próxima de Mopane, mas que vai requerer o investimento de 11 mil milhões de dólares para a construção e exploração de um navio-plataforma com capacidade para extrair 150 mil barris diários.

No campo de Venus, os franceses estão a trabalhar na criação de um navio-plataforma (FPSO) com a capacidade de produzir 160 mil barris diários, esperando fechar a decisão de investimento em 2026.

A Galp realizou extensos trabalhos de avaliação na Namíbia, incluindo vários levantamentos sísmicos 3D e oito poços de exploração e avaliação desde 2012, quando iniciou as suas operações no país. Cinco desses poços foram perfurados desde dezembro de 2023, levando à descoberta de Mopane.

Como fica o mapa na Namíbia?

  • PEL83 – Galp (40%), TotalEnergies (40%, operador), Namcor (10%) and Custos (10%)
  • PEL56 – TotalEnergies (35.25%, operador), QatarEnergy (35.25%), Galp (10%), Namcor (10%), Impact (9.5%)
  • PEL91 – TotalEnergies (33.085%, operador), QatarEnergy (33.025%), Namcor (15%), Galp (9.39%), Impact (9.5%)
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