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Galp fecha ano de 2020 com prejuízos

A Galp registou 42 milhões de euros de prejuízo em termos de resultado líquido ajustado, em termos de resultado líquido IFRS registou prejuízos de 551 milhões de euros.
22 Fevereiro 2021, 07h18

A Galp registou um resultado líquido ajustado (RCA) de 42 milhões de euros de prejuízo em 2020 face a período homólogo.

Em termos de resultado líquido IFRS, a companhia registou prejuízos de 551 milhões de euros, com eventos não recorrentes de 171 milhões de euros negativos e um efeito de stock material de 338 milhões negativos.

Em 2019, a Galp registou lucros de 560 milhões de euros, menos 21% face a 2018.

Já o EBITDA RCA recuou 34% para 1.570 milhões d euros em 2020, com o EBIT RCA a descer 69% para 427 milhões, “refletindo o significativo efeito de inventário e as imparidades e provisões relativas à refinaria de Matosinhos”.

A operação upstream (exploração de petróleo e gás natural) sofreu um recuo de 37% para 1.111 milhões de euros. Já a operação comercial recuou 21% para 325 milhões de euros. Por sua vez, a refinação e midstream recuou 45% para 113 milhões de euros. As renováveis e novos negócios, por seu turno, registaram um EBTIDA de nove milhões de euros negativos, mais quatro milhões face a 2019.

“Os resultados da Galp em 2020 refletem os desafios sem precedentes criados pela pandemia global da Covid-19 e pelas medidas tomadas para lhe fazer face”, disse a petrolífera em comunicado divulgado esta segunda-feira, 22 de fevereiro.

“Os números evidenciam igualmente os projetos que, apesar do contexto adverso, a Galp continuou a promover para se transformar numa empresa mais sustentável, nomeadamente o investimento efetuado na aquisição dos projetos de energia solar em Espanha – que permitem que seja hoje o maior produtor ibérico de energia fotovoltaica – e a adaptação do seu aparelho refinador à transformação em curso no sistema energético global”, segundo a empresa.

As vendas de produtos petrolíferos recuaram 28% em 2020 “como resultado da menor procura em todos os segmentos, derivada do impacto económico da pandemia”.

Em 2020, o investimento líquido atingiu os 830 milhões de euros, incluindo os 325 milhões pagos à ACS pela compra de centrais solares e Espanha. As energias renováveis e os novos negócios atingiram os 39% de investimento, com a exploração petrolífera a atingir os 36%.

Já a dívida líquida da Galp aumentou em 631 milhões de euros para 2.066 milhões.

A empresa registou um fluxo de caixa de 42 milhões de euros em 2020, “num dos anos mais desafiantes de que há memória para o setor e considerando a aquisição estratégica na divisão das renováveis”.

Os resultados financeiros foram de 182 milhões de euros negativos “impactados por diferenças cambiais de -€78 m resultantes da depreciação do dólar dos E.U.A. e do real brasileiro, e uma variação negativa no mark-to-market de -€44 m, sobretudo relacionada com derivados de cobertura. Os resultados financeiros incluem também a perda registada no segundo trimestre de 2020 relacionada com derivados de licenças de CO2, bem como ganhos realizados no primeiro trimestre 2020 com derivativos de Brent e com a monetização das restantes posições de cobertura de refinação em aberto no segundo trimestre 2020”.

A companhia aumentou a produção de petróleo e de gás natural em 2020 em 7% para 128,2 mil barris diários. A produção no Brasil subiu 7%, com a produção em Angola a aumentar 6%.

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