A Galp anunciou hoje que vai furar o quinto poço na Namíbia e que espera resultados ainda este mês.
“Realizámos descobertas importantes na Namíbia em 2024 com quatro poços. Vamos furar um quinto poço em 2025, Mopane 3x, no sudeste. Esperamos resultados este mês. Vamos depois integrar os dados para decidir os próximos passos”, disse hoje Maria João Carioca, co-CEO interina da companhia.
Os lucros da Galp desceram 4% para 961 milhões de euros em 2024, anunciou hoje a empresa. A companhia vai propor aos acionistas uma subida do dividendo em 15% para 0,62 euros e vai lançar um programa de recompra de ações de 250 milhões.
O EBITDA da companhia recuou 7% neste período para 3.297 milhões de euros, refletindo “uma sólida performance operacional entre as várias divisões de negócio num ambiente macroeconómico mais fraco”.
O segmento upstream registou uma queda de 8% para 2.078 milhões de euros. Já o industrial e midstream recuou 6% para 876 milhões de euros. O comercial subiu 1% para 306 milhões, com as renováveis a afundarem 64% para 47 milhões.
A companhia aponta que o Capex (despesas de capital) económico atingiu os 1.291 milhões de euros com as campanhas de exploração e avaliação na Namíbia e os projetos de upstream no Brasil, como Bacalhau, assim como projetos de baixo carbono e de energias renováveis.
Já o free cash flow (fluxo de caixa livre) recuou 3% para 1.335 milhões, enquanto a dívida líquida recuou 14% para 1.200 milhões.
A companhia vai distribuir 769 milhões de euros, incluindo 419 milhões de dividendos e 351 milhões em programas de buybacks (compra de ações), e 166 milhões para interesses minoritários.
“Fechamos 2024 com outro forte trimestre, num ano de entrega consistente, acima do previsto em todas as unidades de negócio”, disseram em comunicado Maria João Carioca e João Diogo Silva, os co-CEO interinos da empresa.
Destacando o lucro antes de juros, impostos, depreciação, e amortização (EBITDA) de 3,3 mil milhões e o cash flow orgânico de 2,1 mil milhões, e após o pagamento de dividendos, a companhia conseguiu “reduzir a sua dívida líquida e reforçar a sua posição financeira”.
“Em 2025 e 2026 vamos continuar a executar os nossos projetos de crescimento estratégicos, o topo do portfólio da Galp, combinando com uma aproximação disciplinada a um plano intensivo de baixo capital”, segundo os gestores.
“A nossa gestão atual está desenhada para assegurar a continuidade do foco e da execução estratégica. Temos grandes pessoas e o apoio da administração para olhar para o caso único de investimento da Galp neste ano”, pode-se ler.
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