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Galp pagou mais de 300 mil euros a consultores suspeitos de corrupção em Espanha

A petrolífera portuguesa recorreu a serviços jurídicos de Raúl e Alejo Morodo entre 2008 e 2013, visados pelas autoridades espanholas numa investigação sobre corrupção.
6 Fevereiro 2020, 07h51

Entre 2008 e 2013, a Galp Energia pagou quase 310 mil euros a Raúl e Alejo Morodo, os principais visados numa investigação das autoridades espanholas por suspeitas de corrupção no comércio internacional, noticia esta quinta-feira o jornal “Público”.

O esquema envolve a petrolífera estatal venezuelana PDSVA e, segundo o mesmo diário, António Vitorino e a sua antiga sociedade de advogados, a Cuatrecasas, são o elo de ligação entre Raúl e Alejo Morodo (pai e filho), a Galp e a petrolífera venezuelana.

A firma Morodo Abogados, do qual os dois familiares eram sócios, cobrou à Galp Exploração e Produção mais de 254 mil euros por serviços prestados entre 2009 e 2011. Contudo, de acordo com os documentos da investigação a que o jornal teve acesso, Alejo Morodo recebeu diretamente da Galp Espanha mais 55 mil euros em dois pagamentos (2012 e 2013).

“A Galp recorre a consultores jurídicos para aconselhamento nas diversas geografias, setores e ordenamentos jurídicos em que desenvolve as suas atividades, trabalhando atualmente com mais de quatro dezenas de escritórios de advogados, nacionais e internacionais”, respondeu a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva.

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