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Galp tomba 6% e Lisboa acompanha quedas dos mercados europeus

As bolsas voltaram ao sentimento negativo, em função da renovação do clima de incerteza no que diz respeito às tarifas dos EUA e China às importações. Por cá, as mexidas foram similares, com a Galp a registar a maior queda de entre as cotadas do PSI, castigada pela desvalorização de 4% nos futuros de crude.
9 Abril 2025, 17h04

As principais bolsas europeias registaram quedas que rondaram os 3% nos índices de referência, na sessão desta quarta-feira. Em Lisboa, o sentimento foi similar, onde a Galp liderou as perdas ao contrair quase 6%.

O índice PSI escorregou 2,85% e só parou nos 6.253 pontos, o que significa que anulou a recuperação do dia anterior e aproximou-se dos mínimos de mais de um ano que atingiu na abertura de segunda-feira.

A energética foi castigada por descidas superiores a 4% nos futuros dos produtos petrolíferos (à hora de fecho da bolsa) e descapitalizou 5,98%, pelo que as ações terminaram o dia nos 12,42 euros. Ainda na energia, houve descidas de 3,81% para 6,94 euros na EDP Renováveis e 3,67% até aos 2,884 euros na EDP.

Seguiu-se uma descida de 5,10% nos CTT, cujos títulos se ficaram pelos 6,51 euros, ao mesmo tempo que a Mota-Engil registou uma correção na ordem de 4,51%, até aos 3,008 euros.

Também entre as principais praças europeias se registaram perdas expressivas, que anularam igualmente os ganhos alcançados na véspera. Houve quedas de 3,34% em França, 3,12% Reino Unido, 3,00% na Alemanha, 2,91% em Itália e 2,30% em Espanha.

O índice agregado Euro Stoxx 50 tombou 3,31% e aproximou-se igualmente dos níveis da manhã da primeira sessão da semana, que foram mínimos desde janeiro de 2024.

Os futuros de Brent caem 4,09% para os 60,25 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude recua 4,31% para 57,01 dólares por barril.

Na base do pessimismo dos investidores estão novas decisões ligadas à guerra comercial, sobretudo a mais recente promessa da China de taxar as importações dos EUA a 84%.

As bolsas europeias regressaram às quedas expressivas. O agravamento das tensões comerciais voltou a pesar no sentimento dos investidores, com a China a voltar a retaliar ao agravamento das tarifas impostas pelos EUA”, descreve-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“O setor farmacêutico foi o mais castigado, depois de Donald Trump ter admitido tarifas para a indústria em breve”, apontam os analistas, num contexto que mexe também com o mercado petrolífero.

“Os receios impacto económico estão a levar a uma queda dos preços do petróleo e isso reflete-se no setor energético. A Galp sentiu essa pressão e foi quem mais recuou no PSI, onde as perdas foram generalizadas”, acrescenta-se.

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