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General Motors estende cortes de produção devido à escassez de chips semicondutores

A GM disse esta quarta-feira, dia 3 de março, que estenderá o tempo de inatividade nas fábricas de Fairfax, Kansas (EUA), e Ingersoll, Ontário (Canadá), pelo menos até meados de abril, e em San Luis Potosi (México), até o final de março. Além disso, vai encerrar a fábrica de Gravataí, em São Paulo (Brasil), durante abril e maio.
3 Março 2021, 20h06

A General Motors (GM) afirmou que vai estender ainda mais os cortes de produção em três fábricas norte-americanas e adicionar uma quarta à lista de fábricas atingidas pela escassez global de chips semicondutores, segundo o “Business Insider”.

No entanto, os cortes não mudam a previsão da GM feita no mês passado de que a escassez poderia reduzir em até 2 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) os ganhos deste ano. O diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, disse posteriormente que o fornecimento de chips deve regressar ao fluxo normal na segunda metade do ano e mostrou-se confiante de que o lucro atingido não pioraria.

A construtora norte-americana não divulgou o impacto nos volumes, nem disse qual fornecedor ou peças foram afetados pela falta de chips, mas confirmou que pretende recuperar o máximo possível da produção perdida.

“A GM continua a aproveitar todos os semicondutores disponíveis para construir e enviar os nossos produtos mais populares, incluindo camiões e SUVs”, disse o porta-voz da GM, David Barnas. “Nós contemplámos esse tempo de inatividade quando discutimos as nossas perspetivas para 2021”.

A escassez de chips, que atingiu construtoras em todo o mundo, acontece em parte devido às marcas, que encerraram fábricas durante dois meses devido à pandemia de Covid-19 no ano passado, competem agora contra a crescente indústria de eletrónicos de consumo pelo fornecimento de chips.

Os consumidores esgotaram computadores portáteis, consolas de videojogos e outros produtos eletrónicos durante a pandemia, o que resultou num stock limitado de chips. As pessoas também compraram mais carros do que os especialistas da indústria previam na primavera passada, exigindo ainda mais chips.

A GM disse esta quarta-feira, dia 3 de março, que estenderá o tempo de inatividade nas fábricas de Fairfax, Kansas (EUA), e Ingersoll, Ontário (Canadá), pelo menos até meados de abril, e em San Luis Potosi (México), até o final de março. Além disso, vai encerrar a fábrica de Gravataí, em São Paulo (Brasil), durante abril e maio.

A construtora de Detroit já havia estendido os cortes de produção em três fábricas norte-americanas até meados de março e disse que os veículos em duas outras fábricas continuariam a ser “parcialmente construídos”. Antes dos cortes anunciados esta quarta-feira, a empresa de previsões ‘AutoForecast Solutions’ estimou que a GM poderia perder quase 190 mil unidades globalmente devido à escassez de chips.

A Ford Motor disse no mês passado que a falta de chips pode reduzir a produção da empresa até 20% no primeiro trimestre e prejudicar os lucros em 2,5 mil milhões de dólares (2 mil milhões de euros). Anteriormente, a Ford cortou a produção da sua carrinha pick-up ‘F-150’ – a mais vendida.

Algumas construtoras, incluindo a Toyota e a Hyundai, evitaram cortes mais profundos ao guardarem milhões de chips antes da escassez que agora se verifica.

Funcionários da indústria e políticos pressionaram o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a assumir um papel mais ativo no tratamento da escassez de chips. Na semana passada, Biden disse que financiaria em 37 mil milhões de dólares a aceleração da fabricação de chips nos Estados Unidos. Uma ordem executiva também lançou uma revisão das cadeias de fornecimento de produtos essenciais, como chips semicondutores e baterias de veículos elétricos.

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