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Geração Z quer perspetivas de evolução na carreira

Estudo da consultora EY, que inquiriu 1.300 trabalhadores portugueses, concluiu que o reconhecimento do trabalho é um ‘trigger’ motivacional comum às quatro gerações que estão atualmente no mercado de trabalho, mas cada uma apresenta desafios para as empresas reterem talento.
3 Dezembro 2020, 09h02

Estão agora a ingressar no mercado de trabalho, mas já demonstram alguma inquietação porque procuram novos projetos profissionais. Os membros da geração Z, que segundo alguns critérios, nasceram no fim do anos 1990 e 2010, são as futuras gerações no local de trabalho — a par dos millennials — e precisam de ter oportunidades de crescimento e uma remuneração adequada para se sentirem realizados.

Esta é uma das conclusões do estudo “O que motiva cada geração e o que mudou com a pandemia”, realizado pela consultora EY, divulgado esta quinta-feira, e que inquiriu 1.300 trabalhadores portugueses representantes das quatro gerações que atualmente estão no mercado de trabalho: os baby boomers, a geração X, os millennials e a geração Z.

E os millennials? Segundo o estudo, estes têm duas características distintivas. Por um lado, privilegiam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e, por outro lado, têm a necessidade de reconhecimento pelo trabalho desempenhado.

Atribuem ainda particular importância à formação e ao desenvolvimento, dois drivers da sua motivação. Por isso, precisam de oportunidades de crescimento.

No entanto, o estudo da EY assinala que “apenas uma minoria considera que a função que desempenha lhe permite desenvolver novas competências”. “Talvez por isso, só um número reduzido dos participantes que se encaixam nesta faixa etária admita que se sente desafiado”.

Para Anabela Silva, lídera da área de people advisory services da EY, “a compreensão dos fatores que estão diretamente relacionados com os níveis de motivação de cada um dos perfis dos diferentes trabalhadores é essencial para as organizações perceberem quais são as variáveis que necessitam de trabalho, por forma a atraírem e reterem o seu talento”.

A responsável adiantou ainda que “que a maioria das empresas tem dificuldade em reter trabalhadores, sendo que os custos da substituição de um colaborador são altos. Pelo que é crucial às organizações saberem em concreto que que fatores impactam diretamente na motivação de um profissional mais sénior ou de um trabalhador mais jovem”.

Recuando no tempo, os que nasceram entre 1961 e 1979, conhecidos por geração X, atribuem grande importância ao ambiente de trabalho e, como os millennials, precisam de sentir o seu trabalho reconhecido e apreciam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

A maioria dos inquiridos da geração X mostrou-se insatisfeita com o pacote de benefícios e sublinharam que a remuneração é um fator determinante para abraçar novos projetos.

Já os baby boomers, que nasceram no pós Segunda Guerra Mundial, valorizam acima de tudo a autonomia, embora também atribuem importância a um bom ambiente no local de trabalho e ao reconhecimento do seu trabbalho.

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